O governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ofereceu dois horários ao presidente ucraniano, Volodimyr Zelensky, para uma reunião bilateral às margens da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que é realizada esta semana em Nova York. Ainda não há uma data fechada para o encontro, mas os assessores das duas partes trabalham para definir uma agenda nos próximos dias.
Houve uma tentativa frustrada de reunião entre os dois presidentes durante a reunião do G7, no Japão. Agora, uma nova chance de um encontro entre Lula e Zelensky ocorre em Nova York, onde líderes mundiais se reúnem nesta semana para a Assembleia Geral da ONU.
A informação foi confirmada pelo líder do governo no Senado, o senador Jacques Wagner (PT-BA), a jornalistas, em Nova York.
Ele integra a comitiva brasileira que acompanha o presidente Lula à cidade norte-americana.
Desencontro no G7
Em maio de 2023, as delegações da Ucrânia e do Brasil chegaram a conversar sobre a possibilidade de uma reunião entre os dois mandatários, mas o encontro não aconteceu.
O governo ucraniano informou ao brasileiro o interesse na bilateral no dia 20 daquele mês, quando Zelensky chegou a Hiroshima poucas horas após confirmar sua presença na cúpula do G7. No mesmo dia, o presidente da Ucrânia conseguiu se encontrar, por exemplo, com os premiês de Reino Unido, Itália, França e até mesmo da Índia, que é muito mais próxima de Moscou do que de Kiev. Mas não havia espaço na agenda do presidente do Brasil.
No dia 21 de maio, a equipe de Lula acenou com alguns horários disponíveis, mas aí era o ucraniano quem estava ocupado naqueles momentos. Não se discutiu em nenhum momento remanejar outras bilaterais marcadas anteriormente pelo Itamaraty. Sem a possibilidade de um encontro formal, nem um abraço rápido acompanhado por foto nas redes sociais, como feito com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aconteceu.
— Encontrei todos os líderes. Quase todos. Todos têm suas agendas próprias. Acho que é por isso que não pudemos encontrar o presidente do Brasil — disse o ucraniano em coletiva de imprensa.
— Acho que ele ficou desapontado — completou, sorrindo e provocando risos entre os jornalistas.