O gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), informou nesta quarta-feira (3) que o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro não será apreendido pela Polícia Federal (PF) como determina sua decisão de mais cedo.
Na peça, Moraes determina a "busca e apreensão de armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos, a ser realizada concomitantemente com diligências policiais". Em outros trechos, o ministro autoriza procedimentos solicitados pela PF.
Segundo o STF, contudo, é a PF quem deve decidir o que é de interesse da investigação ou não. A decisão teria apenas autorizado a medida, caso seja necessário tomá-la.
Entenda o caso
No início da manhã desta quarta-feira (3), o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, foi preso, em Brasília. A detenção ocorreu durante a Operação Venire, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Ao longo da manhã, a corporação cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, em Brasília e no Rio de Janeiro. Um dos alvos de buscas foi uma casa do ex-presidente, na capital federal.
O foco da operação da PF é sobre a inserção de dados falsos de vacinação contra covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. O celular do ex-presidente foi apreendido – inicialmente, havia a notícia de que o aparelho da ex-primeira-dama Michelle também havia sido apreendido, mas a PF corrigiu a informação.