Em visita às obras de duplicação da BR-101 em Maruim, Sergipe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta quarta-feira (15), que o governo federal vai relançar o Bolsa Família na semana que vem. Hoje "Auxílio Brasil", nome conferido na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o programa social será rebatizado de Bolsa Família, marca das gestões petistas, com benefício mínimo de R$ 600 e adicional de R$ 150 por criança de até seis anos de idade. Os valores foram prometidos por Lula ao longo da campanha eleitoral.
O governo federal deverá editar uma Medida Provisória (MP) para dar início ao novo Bolsa Família e conta com aprovação do texto no Congresso — ou seja, conversão em lei — sem dificuldades. Ainda assim, o presidente afirmou, nesta quarta, que vai precisar dos parlamentares para aprovar os projetos de interesse do Palácio do Planalto.
— Vou precisar de todos os deputados para fazer as mudanças que temos de fazer — declarou.
No discurso em Maruim, Lula voltou a dizer que vai "começar a fazer a roda gigante da economia girar" com a retomada de obras.
— Em quatro anos, vamos fazer muito mais do que o "coiso" que saiu agora e não teve nem coragem de me colocar a faixa presidencial. Foi embora antes de medo, porque sabia que nós iríamos trabalhar — afirmou o petista, em referência ao ex-presidente Bolsonaro.
No terceiro mandato à frente do país, Lula afirmou ainda que o ministro dos Transportes, Renan Filho, é o melhor ministro da área que ele já teve em sua equipe. Renan Filho foi governador de Alagoas e é filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), outro aliado de Lula e arquirrival do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).