Ao menos no primeiro momento, o Partido Liberal (PL) manterá a postura de independência e não vai integrar a base aliada do segundo governo de Eduardo Leite (PSDB). A decisão de não aderir ao governo Leite foi definida pelos deputados estaduais eleitos pelo PL.
A negativa foi informada a Leite por Giovani Cherini, presidente estadual do PL, durante encontro solicitado pelo tucano, nesta quarta-feira (7), em Brasília. Apesar do afastamento, Cherini mantém uma fresta da negociação em aberto para o futuro.
— Recebi o governador (Eduardo Leite) e ele colocou as possibilidades de que gostaria muito de ter o apoio do PL na Assembleia Legislativa. Eu coloquei para o governador que havia uma decisão de independência, pelo menos por enquanto. Mas deixamos as portas abertas, tanto por parte do PL como por parte do governo — afirmou Cherini.
O PL elegeu cinco deputados estaduais e, ao lado do Republicanos e do PSDB, terá a quarta maior bancada da Assembleia Legislativa na próxima legislatura. O deputado eleito pelo PL com o maior número de votos é Rodrigo Lorenzoni (PL) – filho de Onyx Lorenzoni (PL), candidato que foi derrotado por Leite nas últimas eleições.
Outro partido que ainda deve ser procurado para integrar o governo é o Republicanos, legenda que também compõe o espectro ideológico conservador e de direita. O partido tem a sua bancada – com quatro deputados estaduais eleitos – dividida em relação à possibilidade de aliança com Leite.
Nos próximos dias, o governador reeleito deve ganhar o apoio de duas legendas de centro-esquerda: PDT e PSB. Os dois partidos já pacificaram, internamente, a adesão ao próximo governo. A formalização, contudo, ainda depende de um acordo com Leite que defina quais secretarias cada legenda comandará.