O governador reeleito Eduardo Leite assumirá a presidência nacional do PSDB em fevereiro de 2023. Pressionado por correligionários, Leite vinha avaliando o assunto nos últimos dias e confirmou a decisão nesta quarta-feira (30), em publicação no Twitter.
"Neste sentido, atendendo ao chamado feito por lideranças do meu partido, manifestei minha disposição de liderar o PSDB a partir de fev/23, em condição e formato que não prejudiquem a atuação que os gaúchos esperam de mim como seu governador - o que é absoluta prioridade", escreveu o governador, em trecho do post
Ao conquistar a reeleição para o governo do Estado, Leite tornou-se a principal figura do PSDB no país, sobretudo porque o partido perdeu a eleição para o governo de São Paulo, onde está no poder há 28 anos.
Desde a eleição, Leite tem dito que quer trabalhar pela projeção do "centro democrático", o grupo de partidos e líderes políticos que não aderiram às candidaturas presidenciais de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Agora, a expectativa é de que ele lidere as negociações com outros partidos para discutir uma eventual fusão ou a ampliação da federação com o Cidadania, envolvendo MDB e Podemos.
Na publicação em que confirmou ter aceitado presidir o PSDB, Leite registrou que considera importante o fortalecimento "de um centro político com agenda capaz de conciliar a urgência de políticas sociais de impacto, que promovam a igualdade de oportunidades, com a essencial responsabilidade fiscal e a modernização da máquina pública".
À coluna, o ex-governador disse que, para não prejudicar sua atividade no governo gaúcho, a executiva do PSDB dividirá funções. O papel dele será mais de dar as diretrizes e tratar das grandes questões programáticas, deixando o varejo das eleições municipais para os companheiros sem mandato executivo.