O presidente Jair Bolsonaro oficializou a indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O ato consta em mensagem publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (13).
A vaga na Corte foi aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
O nome de Mendonça ainda precisa passar pelo crivo do Senado, onde enfrenta resistências políticas pela atuação contra adversários do presidente e pelo uso da Lei de Segurança Nacional (LSN) contra críticos do governo. Para ser aprovado, ele necessita do voto de 41 dos 81 senadores.
A indicação de Bolsonaro representa o pagamento da promessa feita a líderes aliados de indicar um ministro "terrivelmente evangélico" para a vaga no Supremo. Pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, Mendonça, 48 anos, representa um setor que o presidente considera estratégico para suas pretensões de reeleição em 2022.
— Mendonça é extremamente evangélico. Pedi a ele que, uma vez por semana, comece a sessão (no Supremo) com uma oração — disse Bolsonaro na semana passada.
Dentro do governo, Mendonça superou fortes adversários para conseguir a indicação, incluindo o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins.h