A prisão do general da reserva Braga Netto e o projeto que altera a previdência dos militares foram alguns dos temas discutidos pelo ministro da Defesa, José Múcio e o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta terça-feira (17). O encontro foi na casa em sua casa no bairro de Pinheiros, na capital paulista, Lula está ótimo e se movimentando. Eles conversaram sobre
— Ele queria saber como estava o ambiente nas Forças (Armadas). Evidentemente que isso era uma coisa que já se esperava. Há um constrangimento ao espírito de corpo de cada força, mas já se esperava. Nós desejamos que todos esses que estão envolvidos respondam à Justiça — disse Múcio.
Ele afirmou que o clima nas Forças Armadas está "muito bem", apesar do constrangimento frente à prisão de um general de quatro estrelas. Braga Netto é investigado no inquérito sobre o golpe de Estado, que tinha como objetivo evitar que Lula assumisse o poder após as eleições de 2022.
Para Múcio, é momento de "preservar o CNPJ das três forças", identificando individualmente os envolvidos no caso.
— Mas é necessário, precisa acabar para gente olhar para frente e para tirar a suspeição dos inocentes. Eu digo que cada um entrou nisso com seus CPF e a gente tem que preservar o CNPJ das três forças — disse.
PL do Militares
Múcio salientou que não há mais o que discutir com relação ao projeto de lei (PL) dos Militares, que estabelece idade mínima de 55 anos para que o oficias sejam transferidos para a reserva com salário integral. Atualmente, não há idade mínima. A nova regra entraria em vigor a partir de janeiro de 2032.
— Vai para o plenário (da Câmara) e depois nós vamos nos adaptar — disse
Em relação a pedidos dos militares sobre o PL, ele disse que foi solicitado mais prazo para que não houvesse tal empoçamento, mas que "o governo preferiu precipitar e nós vamos nos adaptar".
Questionado se foi muito difícil fazer os militares aceitarem a proposta apresentada, ele respondeu que "conversou-se bastante" e que o ministério vai defender o projeto de lei.