O presidente do Inter, visivelmente irritado com a derrota na votação das debêntures na última segunda-feira (16), concedeu uma entrevista que não precisou sequer de 24 horas para gerar um efeito negativo no ambiente interno e entre os torcedores colorados.
Em resumo, Alessandro Barcellos disse que vai enfrentar o endividamento, que irá aumentar, com um “remédio mais amargo”, com redução de custos e venda de jogadores para que o clube sobreviva.
O presidente, que sempre lutou para defender os interesses do clube, pode não ter se dado conta, mas causou pânico entre os torcedores e desvalorizou o patrimônio do clube ao expor que a dívida é preocupante e que a saída é vender jogadores.
O mercado “leu” o que disse Barcellos. Poucas horas depois da entrevista, vazaram duas informações sobre interesse de clubes em dois titulares importantes do time de Roger Machado. O Santos teria demonstrado interesse em Thiago Maia e o River Plate estaria disposto a investir no retorno de Borré.
Nenhuma informação foi confirmada. Com certeza, os ativos do clube não estão valorizados. Parece que o Inter está desesperado para vender. Foi esse um dos efeitos da fala do presidente.
As especulações geram pânico entre os torcedores. As vendas de Wesley e Vitão e a saída de Bernabei já estão sendo dadas como certas. Quem mais vai sair?
Por outro lado, já foi dito que as contratações serão pontuais, sem grandes nome que “lotam aeroporto”. Quem vai chegar? Com que time vamos jogar a Libertadores? Vamos entrar para participar, sem a ambição de título?
Barcellos quis, publicamente, antecipar sua defesa em caso de fracasso na temporada. Em outras palavras, disse: “Viu?! Não aprovaram o empréstimo! Precisei vender jogadores e não deu para ganhar títulos”.
Os efeitos negativos estão aí!
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