Os integrantes da comissão externa da Câmara dos Deputados criada para acompanhar as investigações do assassinato de João Alberto Freitas no estacionamento do supermercado Carrefour realizam audiências na terça-feira (1º) em Porto Alegre.
Os parlamentares têm reuniões com o procurador-geral de Justiça do Ministério Público, Fabiano Dallazen, com o superintendente regional da Delegacia de Polícia Federal, José Antônio Dornelles de Oliveira, e com o presidente Tribunal de Justiça, desembargador Voltaire de Lima Moraes. Também estarão com a cúpula do governo gaúcho: governador Eduardo Leite, secretário de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Tagliari Farias Anflor, e comandante da Brigada Militar, Rodrigo Mohr Picon.
Os deputados vão se encontrar, ainda, com familiares da vítima, com integrantes de movimentos sociais e com a bancada de vereadores negros eleitos na capital gaúcha.
A comissão externa conta com a participação da deputada gaúcha Maria do Rosário (PT) e dos parlamentares Áurea Carolina (PSOL_MG), Benedita da Silva (PT-RJ), Silvia Cristina (PDT-RJ), Bira Pindaré (PSB-MA), Orlando Silva (PCdoB-SP), Vicentinho (PT-SP) e Damião Feliciano (PDT-PB).
Coordenador da comissão, Feliciano tem defendido que as empresas que permitem crimes de racismo possam sofrer sanções econômicas:
— Se as empresas não se adequarem, vamos fazer uma lei que possa atingir as empresas do ponto de vista econômico. Elas poderão ser incluídas nas empresas que possam pagar mais impostos, possam não ter acesso a benefícios estruturais do governo, não possam ter créditos importantes para se desenvolver, enfim, através da própria economia, para que possa diminuir esse racismo institucional.