O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se reuniu neste domingo com cerca de 15 manifestantes bolsonaristas que furaram o bloqueio na Esplanada dos Ministérios e permanecem em um espaço em frente ao Ministério da Agricultura.
Em vídeo publicado no Facebook pela página "Movimento Avança Brasil", Weintraub parece em um círculo de pessoas, a maioria sem máscaras. Instado pelos manifestantes, Weintraub evitou comentar sobre decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF).
– Eu sou ministro do Executivo, e não posso aumentar a pressão que já existe. Eu não tenho autorização do presidente (Bolsonaro) para me posicionar contra um ministro (do STF). É o que eu posso dizer. Vamos manter a tranquilidade, seguir as leis, seguir o que manda estritamente a Constituição. A Constituição tem que ser seguida ao pé da letra – afirmou.
Nas gravações feitas pelos manifestantes bolsonaristas, Weintraub também aproveitou para se defender das acusações contra ele feitas em inquérito instaurado pelo próprio STF.
– Eu não cometi uma única ação fora da lei até o momento. Se eu tivesse feito alguma coisa, um contrato errado, se eu tivesse qualquer coisa já teriam me pendurado de ponta-cabeça naquela árvore. Não falta mídia querendo me pegar, fora pessoas com muito poder em Brasília – acrescentou.
O ministro também orientou os manifestantes a não cometerem atos ilegais durante os protestos a favor do governo.
– Não pisem fora da linha, façam tudo dentro da lei, que nós vamos ganhar essa batalha – completou.
Weintraub pediu orações aos manifestantes e disse saber que "o outro lado" faria "macumba" contra ele. O ministro da Educação gravou ainda mensagens pedindo seguidores para páginas, entre elas a do autointitulado "Professor Opressor". Ele também listou ações feitas pela pasta, como o aumento de bolsas de estudo em cursos de Medicina.
Neste sábado, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios durante todo o domingo. No texto, Ibaneis cita "ameaças declaradas por alguns dos manifestantes" e destaca necessidade de "contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública". A medida proíbe trânsito de veículos e determina acesso aos prédios apenas por autoridades, da 0h até as 23h59min.