Manifestantes favoráveis ao governo de Jair Bolsonaro realizaram atos neste domingo (26) em pelo menos 156 cidades brasileiras, segundo o G1. Previstas para ocorrer em todas as capitais, as manifestações demonstraram apoio ao presidente, além de defender pautas que envolvem desde a reforma da Previdência até o pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro.
Há também, entre os manifestantes, críticas ao Congresso Nacional, aos partidos que formam o centrão e a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Roupas nas cores verde e amarelo, bonecos de Bolsonaro e de Moro e cartazes com apoio às propostas do Executivo nacional marcaram os cenários dos protestos.
Brasília
Na Capital federal, o público se concentrou em frente ao Congresso Nacional na manifestação convocada em apoio ao presidente. Muitos dos manifestantes vestiram camisas da Seleção Brasileira e levaram cartazes em apoio à reforma da Previdência e ao projeto de lei de endurecimento de penas proposto pelo ministro Sergio Moro, o chamado pacote anticrime.
O centrão foi um dos alvos dos manifestantes. De um dos carros de som em frente ao Congresso, um dos organizadores do ato gritou: "Fora centrão, bando de ladrão".
Outro manifestante trouxe uma faixa acusando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de "boicote" às reformas do governo Bolsonaro. "Maia & centrão & esquerdistas & MBL boicotam as reformas de crescimento do Brasil", diz a faixa.
São Paulo
Pelo menos três cidades do interior de São Paulo registraram manifestações favoráveis ao governo: Campinas, Sorocaba e São Carlos. Na capital, o público começou a se concentrar na Avenida Paulista no começo da tarde. Pelo menos cinco carros de som ficaram no local, nas proximidades da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Principalmente em São Paulo, a mobilização pró-reformas teve mais destaque do que a defesa do próprio presidente Bolsonaro. Nos principais pontos de encontro, como a avenida Paulista, os participantes ficaram espalhados em blocos, e não concentrados, sendo possível se deslocar sem dificuldade pela região.
Dos sete quarteirões ocupados na Avenida Paulista, desde a Rua Padre João Manoel até a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, três ficaram cheios de gente — em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), nas proximidades do prédio da Gazeta e um em frente ao prédio da Fiesp, segundo o site G1.
Rio de Janeiro
Na capital fluminense, os manifestantes se reuniram na Orla de Copacabana, vestidos de verde e amarelo e carregando bandeiras do Brasil. Ainda que muitos cartazes defendessem a reforma da Previdência encabeçada pelo ministro Paulo Guedes, a maioria fazia ataques ao Congresso, especialmente na figura do presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM), ao STF e aos partidos políticos.
O ato teve início por volta das 10h e começou a dispersar por volta das 13h. As duas faixas da avenida Atlântica foram ocupadas por cerca de sete quarteirões, entre a rua Sá Ferreira e a rua Barão de Ipanema. Os manifestantes eram muitos, mas estavam espaçados, o que possibilitava caminhar tranquilamente pela rua, com exceção de aglomerações pontuais em torno de carros de som. A Polícia Militar não fez estimativa de público.
Maia foi um dos principais alvos do protesto. Manifestantes levaram até mesmo um boneco inflável do presidente da Câmara, posicionado ao lado de um pixuleco –como ficou conhecido o boneco "presidiário" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os cartazes contra Maia, foram vistos "Não elegemos Maia presidente do Brasil" e "Rodrigo Maia inimigo do Brasil, funcionário do centrão".
O Judiciário não ficou de fora, representado nos cartazes e faixas com ataques ao STF. Uma delas dizia: "Fora STF, Alcolumbre (Davi, presidente do Senado) e Maia. Deixem o Brasil crescer".
Belo Horizonte
"Se gritar pega centrão, não fica um meu irmão", "não é corte, é contingência", "Brasil acima de tudo, STF abaixo de todos" e "respeitem meu presidente" foram algumas das frases nas faixas exibidas na praça da Liberdade, na capital mineira. Manifestantes já se encontravam no local antes mesmo do horário marcado para o protesto a favor do governo.
Camisetas do Brasil e com as cores verde e amarelo foram a marca do ato. As bandeiras do país aparecem na forma tradicional, mas também estão sendo vendidas com escudos dos times de futebol Cruzeiro e Atlético-MG.
Salvador
Na capital baiana, o ato teve início por volta das 10h no Farol da Barra. Os manifestantes cantaram o Hino Nacional e gritaram palavras de ordem a favor do governo.
Não houve divulgação de estimativa de público pelos organizadores, nem pela Polícia Militar. Segundo o portal G1, o ato foi encerrado antes do meio-dia.
Há registro de manifestações também em Belém (PA), São Luís (MA), Maceió (AL) e em municípios do Paraná, Acre, Santa Catarina, Mato Grosso e Pernambuco.
Porto Alegre
Na Capital gaúcha, a mobilização começou às 15h, com concentração no Parque Moinhos de Vento — o Parcão. À frente da manifestação está a Banda Loka Liberal, coletivo político-musical que embalou os protestos contra o PT e pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff em 2015 e 2016.
— É mais um ato na sequência daqueles que o movimento liberal-conservador fez nos últimos anos. Vamos defender o pacote anticrime do ministro (Sergio) Moro, a Lava-Jato e a nova Previdência — afirma um dos organizadores, o advogado Cristiano Huber.
Os manifestantes ocuparam os dois sentidos da Avenida Goethe, nas proximidades do Parcão. A EPTC realizou bloqueio de trânsito na via, no trecho entre as ruas Mostardeiro e 24 de Outubro.
Vestindo roupas nas cores verde e carregando bandeiras do Brasil, os participantes defendem causas como a reforma da Previdência e o pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. O grupo de políticos chamado centrão, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o Supremo Tribunal Federal (STF) estavam entre os principais alvos dos manifestantes.
O ato foi encerrado em Porto Alegre por volta das 17h30min.