O embate político sobre a realização de plebiscito para autorizar (ou não) a privatização de CEEE, CRM e Sulgás se concentra, agora, na data de realização.
Mesmo contrário à consulta à população simultaneamente às eleições, o PP liberou os deputados a aprovarem a medida. Oposição tanto à venda das estatais quanto à realização da consulta agora, o PT mantém resistência.
Na manhã desta segunda-feira (14), o programa Gaúcha Atualidade ouviu representantes dos dois partidos para saber quais os argumentos de cada lado.
Ouça Celso Bernardi, presidente do PP:
Ouça Tarcísio Zimmermann, líder do PT na Assembleia:
Entenda
Se o governador José Ivo Sartori for bem-sucedido na derradeira tentativa de realizar o plebiscito sobre privatização de estatais, no dia 7 de outubro os eleitores do Rio Grande do Sul terão de votar nove vezes na urna eletrônica.
Além de escolher presidente, governador, dois senadores, deputado estadual e federal, os gaúchos terão de responder se autorizam ou não o governo a privatizar ou federalizar a CEEE, a CRM e a Sulgás. Cada estatal terá uma tela específica, o que permite avaliar cada estatal individualmente.
A privatização de estatais é uma contrapartida exigida pela União para que o Rio Grande do Sul faça a adesão ao regime de recuperação fiscal. Com o regime elaborado pelo Ministério da Fazenda, o Estado garantiria a suspensão do pagamento da dívida e teria a possibilidade de contratar empréstimo na rede privada (impedido devido à lei de responsabilidade fiscal).
Mesmo que o plebiscito venha a ser aprovado e que a população autorize a privatização ou federalização das três estatais, a venda ficará para o próximo governador, por falta de tempo e por respeito a quem for eleito.