O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso liberou da prisão os três aliados do presidente Michel Temer e os demais detidos na Operação Skala, deflagrada na quinta-feira (29). Barroso acolheu pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que, por nota, afirmou que “as medidas cumpriram o objetivo geral”. As informações são do site G1.
"Desse modo, tendo as medidas de natureza cautelar alcançado sua finalidade, não subsiste fundamento legal para a manutenção das medidas, impondo-se o acolhimento da manifestação da Procuradoria-Geral da República. [...] Revogo as prisões temporárias decretadas nestes autos. Expeçam-se, com urgência, os respectivos alvarás para que se possa proceder à imediata soltura", declarou Barroso na decisão.
Estão presos há dois dias o advogado José Yunes, amigo do presidente há mais de 50 anos e ex-assessor dele na Presidência, do coronel da reserva João Baptista Lima Filho, também coordenador de campanhas eleitorais de Temer, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, pai do líder do MDB na Câmara, o deputado Baleia Rossi (SP). As prisões temporárias terminariam na segunda-feira (2), podendo ser renovadas por mais cinco dias. Outras 10 pessoas também foram detidas.
Integrantes da PGR acompanharam depoimentos colhidos dos três presos. O Ministério Público Federal (MPF) havia solicitado as prisões, autorizadas pelo relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso. Também foram cumpridas ações de busca e apreensão de documentos.
A pedido de advogados de defesa, Barroso já havia indicado na sexta-feira (30) que poderia revogar as prisões. Ele também disse que as defesas teriam acesso ao inquérito quando as diligências sigilosas fossem encerradas.
O presidente Michel Temer se disse vítima de uma “trama”, que tenta impedir sua candidatura à reeleição. Sem citar Dodge nem Barroso, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República criticou as prisões.
"Tentam mais uma vez destruir a reputação do presidente Michel Temer. Usam métodos totalitários, com cerceamento dos direitos mais básicos para obter, forçadamente, testemunhos que possam ser usados em peças de acusação. Repetem o enredo de 2017, quando ofereceram os maiores benefícios aos irmãos Batista para criar falsa acusação que envolvesse o presidente. Não conseguiram e repetem a trama, que, no passado, pareceu tragédia, agora soa a farsa", diz o comunicado oficial.
Com informações do jornal Estado de S. Paulo.