O Palácio do Planalto divulgou nota, no início da noite desta sexta-feira (30), com duras críticas à Operação Skala – que prendeu amigos pessoais e ex-assessores de Michel Temer na quinta-feira (29). O principal argumento, já utilizado em outras oportunidades, é de que o decreto com normas para o setor portuário assinado pelo presidente em 2017 não beneficia a empresa Rodrimar, como sustenta a Procuradoria-Geral da República (PGR).
"A mais rasa leitura do decreto teria enterrado, no ano passado, o pedido de abertura de tal investigação pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot", diz parte do texto, que afirma que todas as áreas em que a Rodrimar atua no porto de Santos serão relicitadas.
Para o governo, há tentativa de atingir Temer, buscando "retirar o presidente da vida pública e impedi-lo de continuar a prestar relevantes serviços ao país". Há ainda, citação a "métodos totalitários", em alusão às prisões efetuadas. A nota destaca o que chama de semelhanças com o caso da delação de Joesley Batista, que estabeleceu a primeira grande crise no Executivo, no ano passado.
O documento traz a interpretação de que a operação dentro das investigações de supostas irregularidades tem a intenção de prejudicar a possível candidatura de Temer à Presidência na eleição deste ano.
"No Brasil do século XXI, alguns querem impedir candidatura. Buscam impedir ao povo a livre escolha", destaca o texto.