A quarta-feira (24) começou com caminhadas de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Porto Alegre, que foram acompanhadas pela Brigada Militar (BM) e EPTC. A primeira, iniciada na Zona Leste, percorreu as avenidas Antônio de Carvalho, Bento Gonçalves, João Pessoa e Ipiranga, terminando junto ao Anfiteatro Pôr do Sol. A outra seguiu pela Avenida Mauá, Borges de Medeiros e Ipiranga, por onde também alcançou o mesmo ponto de encontro dos manifestantes.
Durante os dois deslocamentos, o trânsito precisou ser orientado por agentes da EPTC, que reservaram uma das pistas para os grupos. Houve retenção de fluxo, principalmente, nas avenidas Bento Gonçalves e Ipiranga.
Após o fim dos dois percursos, o trânsito ficou mais livre e os agentes da EPTC quase não tiveram trabalho na região central de Porto Alegre. Tanto pelo Centro quanto pela Zona Sul, não foram registrados pontos de retenção ou transtornos no final da manhã.
O principal ponto de movimentação de pessoas é no entorno do Anfiteatro Pôr do Sol, onde a todo momento chegam grupos menores a pé para acompanhar o julgamento. Os bloqueios no entorno da região do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) permanecem.
Bloqueios em Porto Alegre
Julgamento de Lula
Condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva terá sua apelação julgada pelo TRF4, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (24). A condenação é referente à denúncia na 13ª Vara Federal de Curitiba por supostamente ter recebido propina da construtora OAS em troca de favorecimentos à empreiteira em contratos na Petrobras. O suborno, no total de R$ 3,7 milhões, teria sido pago com a aquisição e reforma de um triplex no Guarujá (SP) e com o custeio do armazenamento de seu acervo presidencial.
Os advogados pedem a absolvição do petista, alegando que a condução do processo por Moro foi "parcial e facciosa". Já o MPF recorreu da decisão de Moro por entender que o ex-presidente deve ser punido por três atos de corrupção em concurso material — instrumento jurídico pelo qual as penas são somadas —, e não apenas por um crime de corrupção e um de lavagem de dinheiro como entendeu o juiz na sentença.
O ex-presidente será julgado pela 8ª Turma do TRF4, formada pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto, relator do processo, Leandro Paulsen, presidente da Turma e revisor, e Victor Luiz dos Santos Laus. Estão previstas manifestações favoráveis e contrárias ao ex-presidente em Porto Alegre, e foi montado um esquema de segurança especial. Seja qual for o resultado do julgamento — condenação ou absolvição —, o processo não se encerra nesta quarta-feira, já que cabem recursos ao próprio TRF4.
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