deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) afirmou, no fim da tarde desta quarta-feira (22), que ainda não recebeu convite oficial do presidente Michel Temer para assumir a Secretaria de Governo no lugar de Antonio Imbassahy (PSDB-BA). A declaração foi dada no Palácio do Planalto, minutos antes de o peemedebista se direcionar ao salão em que ocorreu a posse do deputado Alexandre Baldy (sem partido-GO) no Ministério das Cidades.
— Não recebi ainda o convite oficial do presidente Temer. Cabe a ele decidir se vou ser o ministro e, se for o caso, quando isso vai acontecer — declarou Marun, em rápida entrevista.
Ele disse não ter ficado decepcionado por ainda não ter sido convidado.
— Não atrapalha nada. Ao contrário, tenho absoluta convicção da importância da reforma da Previdência. Vou continuar trabalhando pelo governo. Estou aqui — declarou.
Marun deu a entrevista após se reunir com Temer e lideranças partidárias nesta quarta-feira. Além dele, participaram da conversa o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o líder do PMDB na Casa, deputado Baleia Rossi (PMDB-SP).
Resistências ao nome de Marun fizeram com que Temer ampliasse o leque de consultas, incluindo uma conversa com Maia. Só depois de refazer todas as consultas, o presidente tomará uma decisão.
O nome do Marun não está descartado, continua forte. Mas Temer quer acertar com as lideranças dos demais partidos da base que fizeram chegar a ele a queixa de que não aceitam aumento da concentração de forças do PMDB no Planalto.
Temer está sendo cauteloso, pois sabe que, neste momento, qualquer passo em falso pode atrapalhar a votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara, prevista para a primeira semana de dezembro.