O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, foi escolhido pelo presidente Michel Temer para comandar a articulação política do governo. O parlamentar vai substituir Antônio Imbassahy (PSDB) na Secretaria de Governo. A substituição expõe a perda de espaço dos tucanos no governo, e ocorre no momento em que o Planalto tenta viabilizar a aprovação da reforma da Previdência.
A mudança já vinha sendo estudada nos últimos dias, diante da pressão de deputados do Centrão, que exigem mais espaço para partidos que compõem o grupo. Com isso, o Planalto adiou a posse do novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, que substituirá o tucano Bruno Araújo. A cerimônia, que estava marcada para as 15h30min desta quarta-feira (22), foi transferida para as 17h. O objetivo é dar posse a Marun no mesmo evento.
Considerado um dos deputados da “tropa de choque” de Temer, Marun está no primeiro mandato de deputado federal. Ganhou notoriedade ao defender o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que teve o mandato cassado no ano passado. Em plenário, Marun foi uma das poucas vezes favoráveis ao colega de partido, e fez questão de visitar Cunha na prisão, em Curitiba.
Desde que Temer assumiu a presidência, Marun tem encontros frequentes com o presidente, e está na linha de frente na defesa do peemedebista. A indicação dele para o ministério responsável pela articulação política é uma tentativa de ampliar as conversas com deputados e garantir o apoio necessário para a aprovação da reforma da Previdência, que deve ir a votação em plenário na primeira semana de dezembro.