O presidente Michel Temer suspendeu a nomeação do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) como ministro da Secretaria de Governo. A decisão foi tomada no fim da tarde desta quarta-feira (22). Pressionado por deputados tucanos, o presidente decidiu manter a pasta com Antônio Imbassahy (PSDB).
Imbassahy se encontrou nesta quarta-feira com Temer, no Palácio do Planalto, pouco antes de a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informar que o tucano permanece, até o momento, no cargo.
Fontes do governo começaram a dar como certa sua substituição por Marun, informando até que a posse poderia ocorrer junto com a de Alexandre Baldy, que assumiu o Ministério das Cidades.
Na tarde desta quarta, a assessoria do Planalto chegou a anunciar a posse de Marun através do perfil oficial do governo no Twitter, mas depois o post foi apagado. Em nota, o governo lamentou o que chamou de "equívoco".
"O perfil do Planalto no Twitter publicou de maneira equivocada que o deputado Carlos Marun tomaria posse hoje na Secretaria de Governo. O funcionário terceirizado responsável pela publicação errada foi advertido e a mensagem, apagada", diz o texto.
A situação gerou mal estar no governo e azedou ainda mais a relação de Temer com uma ala do PSDB. Na Câmara, deputados tucanos reclamaram de saber do caso pela imprensa, e reforçaram a vontade de Imbassahy de permanecer no cargo.
Apesar da indefinição, Marun compareceu na cerimônia de posse de Baldy, e desconversou sobre a sua indicação.
— Eu não recebi ainda o convite oficial do presidente Temer. Cabe a ele decidir se eu vou ser ministro e, se for o caso, quando isso vai acontecer — disse, em entrevista a jornalistas.