O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), focou em buscar o voto dos evangélicos, das mulheres e dos eleitores indecisos durante ato de campanha em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (14).
Acompanhado do governador reeleito Cláudio Castro (PL), da candidata derrotada ao Senado do Rio, Clarissa Garotinho (União Brasil), e candidatas eleitas para a Câmara, Bolsonaro citou versículos bíblicos durante seu discurso e disse que o governo federal aprovou, ao menos, 80 leis e normas que beneficiam as mulheres.
— Temos profundo respeito com as mulheres. O feminicídio caiu. Aprovamos 80 leis e normas a favor da família e das mulheres. É um governo que está aberto a todos. Um governo da igualdade, da paz e do amor — disse Bolsonaro.
Durante o ato, Bolsonaro se desequilibrou e precisou ser amparado por aliados após parte do palco montado em uma praça no centro da cidade ameaçar ceder. Logo no início, a estrutura passou por uma instabilidade devido ao número de pessoas que se aglomeravam. Os seguranças do presidente afastaram os aliados do local para garantir que a estrutura não cedesse.
O presidente citou medidas aprovadas durante a sua gestão, como o Auxílio Brasil, e as recentes quedas nos preços dos combustíveis.
— No meu governo não tem corrupção. Quando criamos o Auxílio Brasil, os deputados do PT votaram contra. Nosso governo tem os melhores números na economia do que muitos países. A informalidade voltou à normalidade. Pela décima segunda semana seguida, os números da economia são revistos para melhor — afirmou.
Ele pediu ainda que os seus eleitores e apoiadores levem pais e avós para votar no segundo turno, no próximo dia 30, e busquem os indecisos.
— Quem não consegue levar o povo para as ruas está liderando as pesquisas. Vamos levar nossos pais e nossos avós para votar. Se tem jovem votando na esquerda, converse com os seus pais e avós. Eu era um deputado do baixo clero e conseguimos disputar e ganhar a Presidência. Busquem os indecisos — declarou.
Bolsonaro alegou que caso Lula vença as eleições, o petista levará "bandidos" e "criminosos" para compor a nova equipe ministerial.
— Quem serão os ministros de Lula? Ele não fala. Serão bandidos. Vai José Dirceu, José Genuíno, Gleisi Hoffman, Benedita da Silva e Jandira Feghali. Não podemos botar de novo no
A Baixada Fluminense é estratégica tanto para a campanha de Bolsonaro quanto para a de Lula. A região abriga 7 milhões de eleitores fluminenses, sendo a maioria evangélica. Duque de Caxias é o segundo maior colégio eleitoral do Rio de Janeiro. Bolsonaro terminou o primeiro turno das eleições à frente de Lula no município da Baixada, com cerca de 65 mil votos de vantagem (53,18% de Bolsonaro contra 40,10%, de Lula).
