O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (14), que vai "resolver a questão do armamento" no país caso seja reeleito. Em entrevista ao podcast Paparazzo Rubro-Negro, o chefe do Executivo afirmou que vai ter apoio maior no Congresso a partir do ano que vem para aprovar as pautas que defende. Nas eleições deste ano, o PL, partido de Bolsonaro, elegeu as maiores bancadas da Câmara e do Senado.
— Qual é o perfil hoje da Câmara e do Senado? Muito mais para a direita, foi para a centro-direita. O meu partido, o PL, eu não fiz campanha para deputado, você não viu, eu deixei aberto para os partidos apoiarem também, mas o PL fez 99 deputados federais. Não acredito que tenha problema com eles. Na Câmara, são uns 300 parlamentares mais para a direita que vão estar afinados e votar propostas que nós discutimos. Nós vamos resolver a questão de armamento no Brasil, vamos resolver a questão do campo, teremos a governabilidade — declarou Bolsonaro.
O mandatário sugeriu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso eleito para o Palácio do Planalto, teria dificuldade em negociar com o Congresso.
— Agora, um outro cara com um perfil completamente diferente do meu não vai ter governabilidade. Inclusive, o nosso pessoal não vai estar propenso a se vender como se vendiam no passado — disse o candidato à reeleição.
O presidente é a favor da revogação do Estatuto do Desarmamento, mas não conseguiu aprovar nenhum projeto no Congresso para colocar a medida em prática. Durante o governo, o presidente usou decretos e portarias para flexibilizar a posse e o porte de armas no país. Em 5 de setembro, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu trechos de quatro decretos editados em fevereiro do ano passado pelo governo federal com flexibilizações para o porte de armas.
O ministro argumentou que havia risco de "violência política" no período eleitoral. Um dia depois, Bolsonaro disse que resolveria a questão após as eleições.