A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entra na segunda semana após o primeiro turno das eleições confiante de que os apoios anunciados ao ex-presidente irão se traduzir em votos.
A avaliação de Edinho Silva, um dos coordenadores de comunicação da campanha de Lula, é de que Simone Tebet (MDB) será "decisiva" no interior de São Paulo e que o PT fez o "movimento mais sólido" de ampliação do eleitorado.
Ele também afirma que Lula está aberto a sugestões dos novos aliados e, por isso, irá divulgar uma carta de aceno a evangélicos. Ele deve também detalhar novas propostas aos eleitores.
— Quando você amplia seu leque de apoio, tem de ampliar também sua concepção. Várias lideranças evangélicas que chegaram no segundo turno acham que é importante ter carta e ele está ouvindo. Ele vai pôr no papel o que sempre fez: que vai respeitar a liberdade religiosa — disse Edinho.
A preocupação na campanha, segundo ele, é com a divulgação de informações falsas na véspera do segundo turno e com o poder da máquina pública em uso pelo adversário, Jair Bolsonaro (PL).
— Em alguns momentos nós não estamos enfrentando o candidato, estamos enfrentando o Estado brasileiro — afirma Edinho, que é prefeito de Araraquara, em São Paulo, e está na linha de frente da campanha de Lula.
O petista, que foi secretário de Comunicação Social da Presidência no governo Dilma Rousseff, diz que a campanha apenas "reagiu" ao associar Bolsonaro ao canibalismo e ao aborto.