A Polícia Federal (PF) solicitou nesta quinta-feira (20), à 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, a prorrogação por 15 dias para a conclusão do inquérito que apura o ataque ao candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro. A PF justificou que precisa de mais tempo para concluir diligências sobre o caso.
"Com tais elementos probatórios a serem recolhidos nas próximas semanas, a PF pretende avançar no sentido de caracterizar a autoria e materialidade do ato criminoso, bem como determinar as motivações do agressor e delimitar eventuais co-participações”, informou a instituição.
Até agora, a PF entrevistou 38 pessoas, colheu 15 depoimentos formais de testemunhas, realizou três interrogatórios formais do preso e analisou imagens. Foram realizadas ações investigativas em Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Pirapitinga, Belo Horizonte e Florianópolis.
A PF também informa ter concluído cinco laudos periciais e que outros quatro exames seguem em andamento. Além disso, foram pleiteadas e obtidas junto ao Poder Judiciário várias medidas cautelares, como quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático.
No dia seguinte ao ataque, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, declarou que a principal hipótese da era de que o agressor confesso, Adélio Bispo, teria agido sozinho, como "lobo solitário". Ele segue preso em um presídio federal de segurança máxima, em Campo Grande (MS). Até agora, a PF não descarta o envolvimento de outras pessoas no atentado.