Um quarto suspeito de envolvimento no assalto a carro-forte no aeroporto de Caxias do Sul foi preso nesta segunda-feira (24), nas proximidades do município de Torres, Litoral Norte gaúcho. A prisão ocorreu em ação conjunta da Polícia Federal (PF), Brigada Militar (BM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Em nota, a Polícia Federal, que coordena a investigação, afirmou que o homem foi conduzido durante a tarde para Porto Alegre, onde está à disposição da Justiça. A prisão preventiva foi decretada pela 5ª Vara Federal de Caxias do Sul.
No último sábado (22), outros três suspeitos foram encaminhados para a penitenciária de Canoas. Eles haviam sido presos na sexta-feira (21). Dois deles foram localizados em um carro na BR-116 em São Paulo. Com eles, foram encontrados mais de R$ 6 mil em espécie, sem procedência comprovada. Não há informações sobre a terceira prisão.
Ainda de acordo com a PF, o inquérito, que estava sendo investigado em Caxias do Sul, foi encaminhado nesta segunda-feira para a Capital e ficará a cargo da Delegacia Especializada em Crimes Patrimoniais.
Relembre o caso
Na noite de quarta-feira (19), o carro-forte era abastecido por malotes de dinheiro trazidos de Curitiba em uma aeronave de pequeno porte. No total, seriam R$ 30 milhões pertencentes a um banco privado. O grupo criminoso atacou funcionários da empresa de transporte de valores.
Com armamento de guerra, incluindo um fuzil Barrett M82 calibre .50, e fardamento falso, os assaltantes usaram veículos com adesivos da Polícia Federal (PF) para acessar o hangar do aeroporto. O portão 2 foi aberto por funcionários que atuam no aeroporto justamente por acharem que se tratava da PF.
O primeiro confronto se deu entre os seguranças do carro-forte e a quadrilha. Em nota, a empresa Protege afirmou que o ataque "aconteceu de forma desproporcional". Os vigilantes reagiram e ficaram abrigados no carro-forte. Na troca de tiros, um funcionário foi ferido, mas passa bem.
Na sequência, guarnições da BM se deslocaram ao local. Na primeira a chegar no Hugo Cantergiani estava o 2º sargento Fabiano Oliveira. Ele foi atingido por tiros de fuzil no tórax, que atravessaram o colete de proteção balística. Mesmo socorrido e levado ao hospital, o brigadiano não resistiu.
Funcionários de empresas que atuam no aeroporto foram feitos reféns. Ao menos três pessoas permaneceram sob domínio dos assaltantes por cerca de 30 minutos, até que agentes do Batalhão de Choque conseguiram resgatá-los. Uma das vítimas narra que os criminosos permaneceram calmos durante a ação e não ameaçaram os reféns.
O criminoso que foi morto fugia em uma camionete Frontier, falsamente identificada como sendo da PF. Com ele foram recuperados cerca de R$ 15 milhões, metade do total que estaria sendo transportado.