Para espantar as nuvens nebulosas que estão tomando o céu do Estádio Centenário surgiu um raio de luz chamado Thiago Gomes. O treinador fará sua estreia nesta segunda-feira (8), às 20h, diante do Remo, pela 12ª rodada da Série C de 2024, no Estádio Centenário. A missão é dura, tentar salvar o clube do rebaixamento à Série D. A equipe é a vice-lanterna na competição, com apenas seis pontos.
Aos 40 anos, o técnico chega para mudar a forma da equipe jogar. Thiago Gomes prometeu um futebol mais ofensivo e disse que o primeiro trabalho será evitar a queda à Quarta Divisão Nacional. A partida contra os paraenses será a primeira de uma série de quatro que o Grená fará dentro de sua casa nas próximas cinco rodadas da competição nacional.
— Historicamente é muito difícil jogar aqui. Tive a oportunidade de vir jogar aqui na minha carreira. Esse é o 12º jogador que eu já convoco. O torcedor fica machucado com a sequência de resultados negativos. Isso é normal, mas precisamos do apoio da nossa torcida. Toda vez que o torcedor esteve aqui, o Caxias foi forte. E esses cinco jogos vão determinar se vamos brigar também pelo G-8 — admitiu o treinador em sua apresentação no clube.
E se dentro de campo o torcedor verá um novo Caxias, não será apenas pela mudança de peças ou questões táticas. O técnico chega para dar mais confiança ao grupo que só venceu uma partida na competição.
— Quando eu aceitei o convite, além da grandeza do clube, da força da torcida, do trabalho da direção, foi também pelo grupo de atletas. Eu tive outros convites de Série C. Eu estava na Coreia do Sul e recebi um convite, mas não aceitei por esses fatores. Agora tem uma possibilidade de iniciar um novo trabalho com os atletas tendo capacidade para desenvolver. Nós temos um grupo qualificado.
Doutorado com grandes técnicos
Ao trabalhar como auxiliar permanente do Grêmio em 2021, Thiago trabalhou com dois dos maiores treinadores do clube, Renato e Felipão. E o comandante grená admite que a experiência colhida nesse período foi determinante para o desenvolvimento de sua carreira. Depois, como técnico, vivenciou momentos opostos no vestiário. De um rebaixamento à Série D, pelo Brasil de Pelotas, a um quase acesso à Série B, pelo São José.
— Acho que é muito importante o treinador vivenciar momentos diferentes. A famosa frase: "Falar de touros não é a mesma coisa de estar na arena". A possibilidade de trabalhar em situações adversas, como no Brasil-Pel e outros clubes, isso faz parte da construção do treinador. Apesar de ser dito como jovem, tenho 40 anos e trabalho há algum tempo no futebol profissional — destacou o técnico, que ainda completou:
— Tive a oportunidade de fazer um "Doutorado de futebol" com o Renato, o Felipão, ser auxiliar do Falcão. Essas experiências vão contribuindo para dar tranquilidade e calma para tirar o Caxias dessa situação. O treinador que nunca jogou como atleta não tem a bagagem do vestiário e eu busquei dessa forma, trabalhando com grandes treinadores e vivenciando vestiário — finalizou o técnico.