O grupo de jogadores do Caxias voltou aos treinos na manhã de segunda-feira (13) após a folga de domingo. Na sexta-feira, a equipe tentou realizar um teste mais forte em jogo-treino diante do Brasil-Far, mas a partida foi interrompida aos 30 minutos devido à forte chuva que atingiu o gramado do Estádio Centenário.
Uma nova atividade, desta vez contra o Glória de Vacaria, ocorreria na quarta-feira (15), mas o jogo-treino foi cancelado pelo mau tempo que ainda causa estragos em todo o Rio Grande do Sul. A confirmação veio através do clube de Vacaria nas redes sociais.
Desta forma, a primeira atividade da semana ocorreu apenas na academia do clube. Ainda sem a certeza de quando voltará a campo para a sequência de Campeonato Brasileiro da Série C, o time de Argel Fuchs segue a preparação em uma espécie de inter-temporada. Os atletas seguem treinando diariamente até o sábado (18), para não ficar atrás fisicamente dos demais clubes que seguem jogando a competição nacional.
— A situação no Estado é muito triste, mas nós, como atletas profissionais, temos que cumprir o nosso trabalho. As outras equipes estão jogando, estão em competição, então precisamos estar preparados para quando voltarmos a jogar, a equipe possa suportar os 90 minutos — admitiu o volante Emerson Martins à Rádio Caxias.
O Grená não atua desde 28 de abril em jogos oficiais, quando conquistou o primeiro ponto na Série C, diante do Botafogo, na Paraíba. Antes, o time havia perdido para o Athletic-MG na estreia.
Os confrontos dos três gaúchos na competição foram adiados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até o dia 27. Além do Caxias, São José e Ypiranga, integrantes da Terceira Divisão nacional, também seguem sem atuar. E mesmo assim, o time de Argel ainda não caiu para a zona de rebaixamento. Mesmo com um ponto, o clube ocupa a 16ª colocação na tabela, após quatro rodadas.
A próxima partida, até então confirmada, está prevista para o dia 2 de junho, diante do Figueirense. A tendência é de que o confronto aconteça em Caxias do Sul, uma vez que o gramado do Centenário deverá dar condições de jogo até lá. Mas o volante grená também falou como seria se o clube tivesse que atuar em outro Estado.
— Isso não passa nem pela minha cabeça. Eu tenho a minha filha, tenho a minha esposa, então a gente vê nas entrevistas as pessoas perdendo tudo, não tem como deixarmos o Rio Grande do Sul agora e ir para outro estado. Na minha cabeça eu acho que no Rio Grande do Sul não é momento de pensar em futebol, e sim nos unirmos para que possamos ajudar o máximo de pessoas possíveis que estão precisando — finalizou Emerson Martins.