Caiu a invencibilidade de Argel Fuchs no comando da equipe do Caxias. A primeira derrota grená com o treinador, diante do Grêmio, neste sábado (16), no jogo de ida das semifinais do Campeonato Gaúcho, trouxe o gosto amargo da frustração. Afinal, especialmente na primeira etapa, o time grená desperdiçou chances claras para abrir o placar e mudar o cenário do confronto.
— Não acho que jogamos mais ou menos na partida de hoje por causa de terça-feira (contra o Bahia). O resultado não diz o que foi o jogo, essa é a verdade. No primeiro tempo, estivemos muito bem. Tivemos uma intensidade alta, não deixamos o Grêmio jogar. O Caíque talvez tenha sido o melhor jogador em campo. Tivemos quatro chances claríssimas. E, no momento em que estávamos muito bem, em que o gol parecia ser questão de tempo, o adversário tem qualidade e, em uma jogada bem trabalhada, nosso goleiro ainda fez a defesa, mas ela repica na área e o Grêmio faz seu gol. O Grêmio teve uma chance e mais nada — disse Argel.
No segundo tempo, o Caxias não conseguiu manter o ritmo e viu o Grêmio ser superior e ampliar o placar de pênalti. Já na reta final, em um gol contra de Du Queiroz, o Grená descontou. Para Argel, o resultado mais justo seria o empate:
— No primeiro tempo, mostramos repertório, entramos pelo meio. Nossa bola parada foi muito forte novamente. Envolvemos o Grêmio. Marcamos com uma linha alta. Faltou o gol. Não adianta ter volume, ter chances, trocar 300 passes. Foi uma tarde inspiradíssima do Caíque. A nossa derrota passa por uma tarde incrível dele. Pode até receber o bicho dobrado.
Mesmo com o revés em casa, Argel preferiu não lamentar tanto o placar em si. Optou por valorizar o que o time fez em campo e deixar claro que o Caxias vai lutar na Arena para ganhar a partida e disputar a vaga na decisão.
—A gente fez tudo o que podia. Não jogamos por uma bola, ou um futebol reativo. Fomos uma equipe disciplinada. Mas o futebol é assim. Por vezes, quem joga mais bonito não ganha. O futebol não tem essa justiça. Então, saio triste pelo resultado. A exibição foi boa, o resultado não é o que a gente queria. Mas não tem nada perdido. A sineta ainda não bateu, não acabou a luta — destacou o treinador, que ainda reclamou sobre a postura da arbitragem, que não foi revisar um possível pênalti de Nathan Fernandes em Barba, nos acréscimos da partida:
— O que a gente gostaria é que o árbitro revisasse todos os lances. No nosso gol, foi até o bandeira para o VAR. Às vezes, a imagem do campo esconde. Era um lance duvidoso, com o Barba, e não se parou, não se olhou.