O atacante Gabriel Silva chegou com o cartaz de quem havia disputado a Série B de 2023. Assim ele foi anunciado pelo Caxias. Mas dentro de campo haviam sido apenas sete minutos pelo Sampaio Corrêa, antes de uma passagem pelo América-RN, na Terceira Divisão. E mesmo desacreditado por alguns, o jogador deu a volta por cima e se tornou uma das principais peças do time de Argel Fuchs no Gauchão e na Copa do Brasil.
Gabriel vestiu a camisa 9 do clube e ela lhe fez bem. Foram três gols e duas assistências, fazendo com que os centroavantes Álvaro e Joel Pantera tivessem que aguardar no banco por um lugar no time.
O atacante foi o convidado do Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra e participou do quadro "Na Marca do Pênalti", quando o entrevistado responde perguntas que fogem das quatro linhas.
Confira os principais trechos da entrevista de Gabriel Silva aos jornalistas Eduardo Costa e Tiago Nunes, durante o programa.
Nome completo: Gabriel Santos Silva.
Qual cidade nasceu? Maceió.
O que tem de bom na tua cidade natal?
Minha cidade é uma laguna. É o encontro do mar com o rio. Então... tem vários peixes. É o que é mais natural da cidade, a presença de vários pescadores.
Qual a principal saudade que você tem da época de infância, Gabriel?
Ah, da minha avó. Minha avó faleceu há pouco tempo. Então quando eu era mais novo, todo final de semana estava certa. Ía pra lá pra passar com ela e os meus primos. Minha infância é uma das maiores saudades.
Como era o Gabriel no tempo da escola?
Faltava muito (risos). É que eu jogava, um pouco longe de Maceió. Acho que uma hora. E eu jogava em Maceió. Tinha treino, jogos. Aí acabava faltando na aula pra poder ir aos jogos.
Qual a matéria escolar que tu mais gostavas na época? E a que menos gostava?
Gostava de Educação Física e não curtia muito Matemática. Mas eu gostava da professora (risos). Era gente boa a professora.
Com quantos anos começou a jogar futebol?
Realmente assim com uns 14 anos.
E na infância, qual era o time de Gabriel?
São Paulo. Sei que vão dizer, "o cara lá de Alagoas torce pro São Paulo", mas era são-paulino.
Quem é a tua principal referência como jogador?
Falando em questão de campo de jogo o Neymar.
Antes de ser jogador, pensou em outra profissão?
Não. Não. Só plano A. O B não tinha.
Depois da aposentadoria, o que pensa fazer da vida?
Estava até falando com o Jean Pierre, joguei com ele no América de Natal no passado. E quando ele chegou, ele ficou aqui em casa até encontrar um apartamento. Quando eu aposentar, só quero um rancho na minha cidade. Criar uns animaizinhos ali e ficar tranquilinho. Nada de futebol.
Qual o teu principal sonho, Gabriel?
Jogar uma série A.
Qual a principal dificuldade que você já enfrentou na tua vida?
Rapaz... Pergunta difícil. A principal dificuldade é a gente se tornar atleta profissional e ter um nome no mercado. A gente demora, sofre muito passando por um momento difícil. Quando eu saí de casa fiz minha base no Figueirense. Quando eu saí do Figueirense em 2019, eu estava até falando com o Matheus Rocha sobre o tanto que morre jogador nessa transição do sub vinte pro profissional; até jogador muito melhor do que a gente acaba morrendo ali. É difícil. Eu acho que foi uma das partes mais difíceis que eu peguei.
Qual o teu lugar favorito?
Ah, em casa. Irmão, pra me tirar de casa... Eu gosto muito de estar em casa. Principalmente quando é lá na minha cidade com a minha mãe, com a minha namorada, com a minha família. Eu gosto muito de estar em casa.
Eles não vieram pra cá ainda?
Não. A minha mãe não anda de avião. Já é mais velhinha. E a minha namorada foi à faculdade. Aí estava aqui só vendo o período de férias. Ela até estava comentando esses dias que tinham 17º que qeuria vir pra cá passar frio. Tô até salvando essas conversas. Quando tiver 5º, ela vai ver (risos).
Outro esporte que gosta além do futebol?
Outro esporte que eu quero até aprender é o futevôlei. Não consigo ir com os caras ainda. Eu estava no Sampaio Corrêa no passado e os caras jogavam direto. Eu sempre ía. No final, eu jogava um pouco, mas eles eram muito bons.
Agora escolha um ou outro:
Neymar ou Mbappé? Neymar.
Haaland ou Benzema? Haaland.
Vinícius Júnior ou Rodrigo? Hoje o Vinícius Júnior.
Ganhar o Gauchão ou conseguir o acesso para a Série B? O acesso para a Série B.
Gol do título ou gol do acesso à Série B? Gol do acesso.
Churrasco, pizza ou sushi? Churrasco, com certeza.
Goleada ou vitória no último minuto? Goleada. Vitória no último minuto, meu Deus. O coração não aguenta.
Mata-mata ou pontos corridos? Prefiro pontos corridos.
Futebol com ou sem VAR? Com, está tendo muito erro.
Jogar como atacante aberto ou centralizado? Aberto.
Agora defina o que significa pra ti:
Futebol? Sonho, realizações. Querendo criar uma profissão sustentável. Acho que isso aí. Como uma profissão.
Família? Aqui na terra meu tudo.
Amigos? Significa muito, porque na minha cidade moram só eu e minha mãe na casa. Minha mãe já é um pouco mais velha, então tudo que a minha mãe precisa meus amigos estão lá ajudando. Pra mim eles já são da família.
E o Caxias?
O Caxias significa muito pra mim hoje. Tô aprendendo a amar esse clube. Passei por momentos difíceis e agora por momentos bons. E é um clube que muita gente ama, que muita gente torce. Então pra mim o Caxias significa tudo.