A Operação Penalidade Máxima é assunto dominante no futebol brasileiro em 2023. Na semana passada, a Justiça de Goiás aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público na segunda fase da operação. Desta forma, os 16 investigados, sendo sete jogadores, se tornam réus. Entre os atletas, estão Eduardo Bauermann, Fernando Neto, Gabriel Tota, Igor Cariús, Matheus Gomes, Paulo Miranda e Victor Ramos.
O tema também repercutiu no Estádio Centenário. O Caxias não tem nenhum atleta citado, mas o assunto é debatido internamente. Após a vitória sobre o Concórdia por 2 a 0, pela segunda rodada da Série D, o executivo de futebol do Caxias, Marcelo Segurado, falou sobre a operação. Ele explicou que os atletas do clube recebem uma cartilha abordando vários assuntos. O dirigente também disse ser contra as apostas em cartões.
— Entregamos na pré-temporada uma cartilha e abordamos vários assuntos. A questão da relação em redes sociais, de apostas e todas as situações. Já estávamos abordando e conversamos no dia a dia. Acho que tem que ser feito em nível de justiça. O fato de regulamentar as casas de apostas é importante. Ninguém quer que as casas de apostas saiam do futebol. Precisa ser trabalhado os fatores que motivam de forma negativa as apostas. Não tem sentido aposta em cartões, como cartão vermelho e amarelo. Não vejo uma motivação para essas apostas — opinou o executivo grená.
Segurado reiterou que o clube não tem casos. O executivo de futebol também acredita que mais situações devem aparecer com as investigações do Ministério Público de Goiás, seu estado. Ele ainda disse que existem erros e ações com dolo, quando existe a intenção de cometer a infração.
— Conversamos internamente e não temos casos. Se tiver que seja dentro da lei para qualquer um dos envolvidos. Não é só jogadores. É federalizar esse assunto e ter punição severa com banimento do futebol. Existe o erro e existe aquilo que você faz de forma dolosa e culposa. Esse dolo (com intenção), dentro do vestiário onde está todo mundo se abraçando e fazer isso é algo inadmissível — destacou Marcelo Segurado.
Os jogadores que viraram réus vão responder judicialmente pelo caso. O lateral-esquerdo do Caxias também opinou sobre a situação. Jonathan lamentou a mancha que fica para a categoria e citou que os atletas são espelhos para muitas pessoas, como crianças.
— A gente não pode se vender por dinheiro algum. Até porque você está representando uma camisa e o clube que te dá o sustento para sua família. É complicado. A gente tem que falar mais dentro de campo do que situações como essas. Alguns jogadores fazem isso e o resto vai pagar por isso? Espero que consigam resolver o quanto antes. O jogador também é espelho de muitas pessoas e crianças — Jonathan.