No dia 22 de setembro, o Caxias irá escolher o seu novo presidente. A tendência é que Mário Antônio Werlang, 61 anos, seja o único candidato. A chapa encabeçada por ele é a única inscrita, até o momento, para concorrer ao pleito. Desta forma, Werlang deverá ser aclamado como o próximo mandatário grená assumindo no lugar de Paulo Cesar Santos, que está no cargo há três anos.
Empresário, Mário Werlang é fundador e diretor-presidente da empresa TecnoFrio, com atuação desde 1989 na Serra e patrocinadora oficial do Caxias. Natural de São Carlos-SC, o futuro mandatário grená deixou o estado vizinho e se mudou para a terra da uva na década de 80. Ele veio para estudar e decidiu ficar na cidade.
O seu primeiro contato mais forte com Caxias foi em 2017, quando começou a expor a marca da sua empresa em placas de publicidade do Estádio Centenário. Nos últimos três anos, Werlang entrou para o conselho deliberativo do clube.
— Eu participei de reuniões, não diretamente no Conselho de Administração. Sou do Conselho Consultivo do Caxias. Participava e me dou bem com pessoal que entrou. A gente vem trabalhando bem. Esse ano participei mais de reuniões, com troca de ideias e algumas sugestões. Teve muita coisa nova no Caxias, mudou bastante coisa com o grupo que entrou — contou o candidato.
As tratativas para sucessão presidencial no Estádio Centenário não começaram após a eliminação na Série D. O assunto é debatido desde o começo da temporada, pois o mandato de Paulo Cesar Santos se encerra no dia 30 de setembro. O mês de agosto foi o decisivo para alinhar o nome de Werlang ao posto máximo grená.
— Já faz um mês que estamos fazendo algumas reuniões e surgiu dentro das nossas conversas do grupo. Primeiro lugar que é difícil alguém querer assumir o Caxias, essa que é a verdade. E o pessoal queria algum nome novo, que trouxesse algo de novo, não mais do mesmo. Dentro do grupo de vinte pessoas chegamos ao consenso da chapa — revelou o futuro mandatário.
DESAFIOS
Atualmente, o empresário dedica o seu tempo para administrar a sua empresa. Agora, terá de separar um bom espaço para as questões grenás. Ele já acompanha o presidente Paulo Cesar Santos e sabe que a pressão é inerente ao cargo. Conforme Werlang, o convite para integrar a diretoria é antigo.
— Ano passado me convidaram para ser vice-presidente e não aceitei. Segui só no conselho. Desde o início deste ano, a gente tem tratado dos assuntos de sucessão. É difícil porque minha atividade profissional é grande, trabalho o dia inteiro na empresa. Vou ter que dedicar boa parte do meu tempo ao Caxias, ganhando a eleição claro — declarou.
A chapa de Werlang contará com o primeiro vice, João Luiz Conte, e o segundo, Jaime Bellicanta. Conforme o candidato, a ideia não é centralizar as tarefas no presidente. Jaime, por exemplo, está deixando o nordeste e retornando a Caxias do Sul. Com tempo disponível, ele assumirá a parte administrativa e burocrática de forma quase integral.
— A forma como a gente colocou a nossa direção é exatamente para distribuir as tarefas. O Jaime Bellicanta vem com objetivo de assumir a parte administrativa quase que integral. A ideia é ele assumir toda parte burocrática e o João Conte na área administrativa também. Essa divisão de tarefas vai tirar um peso de cada um. O nosso objetivo é distribuir mais tarefas — explicou Mário Werlang.