Foi um teste para o coração a classificação do Caxias diante do Oeste pela segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro. O presidente Paulo Cesar Santos espera não repetir a forte emoção diante do Real Noroeste para chegar às quartas de final da Série D. Mas se for preciso, sabe que tem um goleiro pegador de pênaltis, André Lucas. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o mandatário revelou ter assistido as cobranças dentro do campo.
— Foi um jogo de fortes emoções e viver toda a situação. Temos um grupo forte, alguns de nossos batedores tinham sido substituídos, mas temos um grupo focado, unido e com ambiente maravilhoso. O André sabe disso, vive o Caxias há muitos anos e é um dos melhores ambientes que conseguimos criar. Isso reflete dentro do campo em uma decisão por pênaltis. Um belo teste para o coração. Neste próximo jogo, não vamos precisar de todo este teste — projetou Paulo Cesar Santos.
O Caxias vem de oito jogos sem perder na Série D. O time teve apenas três derrotas ao longo da competição. Se no começo as oscilações preocupavam, agora a equipe vem em uma crescente. O time também se reforçou para o mata-mata com as chegadas do meia Maicon Assis, do meia-atacante Bustamante e do volante Diego Lorenzi.
— Conseguimos fazer alguns ajustes com as saídas de dois profissionais do elenco e com isso conseguimos trazer reforços pontuais. Foi um trabalho em conjunto com comissão técnica e o departamento de futebol. Quando a gente tem poucos recursos, temos que ser cirúrgicos e assim conseguimos. E também manter o ambiente do vestiário, sem estrelismo — destacou o presidente grená.
Nos últimos anos, o Caxias sofreu com as crises criadas pelo próprio clube. Neste momento, o ambiente é totalmente favorável, sem nenhuma turbulência. O presidente garante que esse ano não vai ter crise.
— Não vai ter crise, podem ficar tranquilos. Vai ter um ambiente muito bom. Sabemos dos nossos desafios. Vamos até o final e o nosso objetivo não é só o acesso. É ser campeão.
PÚBLICO DE 10 MIL E POSSÍVEL VAGA
Para o jogo de sábado (13), às 15h, contra o Real Noroeste, Paulo Cesar quer um Estádio Centenário com mais de 10 mil torcedores. A direção colocou o ingresso antecipado ao valor de R$ 5. No sábado sobe para R$ 10. O torcedor grená está motivado para o duelo em casa. O mandatário revelou ter recebido uma mensagem de um torcedor que, na véspera do dia dos pais, irá levar seu pai ao Centenário. O detalhe é que ele não vai ao estádio há 10 anos.
— Quanto mais tivermos a casa cheia, melhor. O Caxias é o clube do povo da Serra e tem essa alma do trabalhador de chão de fábrica. Nós precisamos deles e por isso a direção tomou a atitude com ingressos corporativos com as empresas distribuírem aos seus funcionários. Recebi relato de um torcedor que seu pai faz dez anos que não vai no Centenário. Ele disse que já comprou o ingresso para ir no jogo, pois está confiando no trabalho — revelou Paulo Cesar, que pede ao torcedor chegar cedo ao Estádio Centenário no sábado:
— Chegue cedo, com toda segurança, que encontre os amigos e colegas de trabalho. Estamos ampliando as entradas para os torcedores. Sempre é importante entrar cedo, viver o aquecimento dos atletas. Tem uma surpresa na entrada em campo por parte da Falange. Então chegue cedo para ver — frisou o presidente, reforçando que os portões abrem às 13h.
Se avançar com uma vitória no final de semana, o Caxias aumenta as chances de decidir o jogo do acesso no Estádio Centenário. O clube já perdeu duas vezes a vaga fora de casa, contra Manaus e ABC. O presidente vivenciou ambientes hostis nas casas dos adversários e não deseja repetir essas experiências.
— A importância de decidir em casa é contar com apoio da torcida. Ninguém vai esquecer o que vivemos em Manaus, contra o ABC (em Natal-RN), que deveria ter 6 mil pessoas e tinha mais de 13 mil e que tivemos de descer do ônibus quase 1km do estádio. Isso não faz parte do futebol. É ruim para o espetáculo. Decidindo em casa, fazendo o primeiro jogo fora, o adversário vai ter que se dar o respeito. É da nossa índole, da região, tratar bem quem nos visita — pontou o presidente do Caxias.