A derrota por 1 a 0 para o Juventude, na manhã deste domingo (5), não foi bem digerida pela diretoria do Fluminense. Após a partida no Estádio Alfredo Jaconi, realizada com gramado muito molhado e com fortes chuvas durante boa parte do confronto, o clube carioca lançou uma nota oficial criticando o árbitro goiano Jefferson Ferreira de Moraes e os funcionários do Juventude pela forma como agiram na drenagem.
O texto trata como inadmissível o árbitro da partida ter dado condições de jogo diante da condição do gramado no início da partida. Além disso, o comunicado, assinado pelo presidente do Flu, Mário Bittencourt, traz com um tom irônico uma mudança de postura de funcionários do Juventude sobre a drenagem do Alfredo Jaconi.
— O mais “curioso” de tudo é que, somente após fazer 1 x 0 e de um primeiro tempo dentro d’agua, os funcionários do Juventude resolveram “drenar” o campo com rodos. Antes do jogo nada foi feito para amenizar as condições de disputa da partida — afirma o comunicado.
Confira na íntegra o posicionamento do presidente do Fluminense:
“O ano é 2022. Debates grandiosos sobre criação de Liga, sobre modelos societários em clubes, mas nenhum esforço para que sejam modificados velhos hábitos do futebol brasileiro.
Inadmissível o árbitro de Juventude x Fluminense ter dado início a partida nas precárias condições do gramado, e, mais, ter dado seguimento após o aumento da chuva. Um desastre. Um verdadeiro desastre.
O mais “curioso” de tudo é que, somente após fazer 1 x 0 e de um primeiro tempo dentro d’agua, os funcionários do Juventude resolveram “drenar” o campo com rodos. Antes do jogo nada foi feito para amenizar as condições de disputa da partida.
Outros clubes já foram vítimas da mesma situação, que, aliás, só apequena o nosso futebol e mostra que estamos engatinhando no quesito profissionalismo e beleza do espetáculo como um todo.
Mário Bittencourt
Tanto Fluminense quanto Juventude tinham data livre e disponível para adiamento e remarcação do jogo, mas o que vimos foi um árbitro despreparado dar continuidade a uma partida dentro de uma piscina. Talvez ele possa e deva apitar esportes aquáticos. Futebol? Nitidamente não é o lugar onde deveria. Faltou bom senso.
Que a nova diretoria da CBF, visivelmente empenhada em atender aos novos rumos do futebol brasileiro, possa se manifestar e promover modificações nas regras que de maneira esdrúxula ainda permitem que se dispute um jogo de futebol nestas condições ridículas.
De sua parte, como sempre faz nos casos em que se sente prejudicado, o Fluminense irá à CBF durante a semana para encaminhamento das medidas administrativas necessárias.”
Mário Bittencourt