O Juventude chega para o clássico Ca-Ju 286 em uma situação delicada e que jamais alguém imaginaria. Após oito jogos, dois 11 da primeira fase, o Verdão está na zona do rebaixamento do Gauchão. Por isso, a partida contra o Caxias, neste sábado (26), às 16h30min, no Estádio Alfredo Jaconi, é mais do que decisiva.
E neste cenário de dificuldade e de responsabilidade existe um personagem diferente. Eduardo Barros é o técnico interino, após a saída de Jair Ventura, e fará sua estreia na confronto marcado por rivalidade. Até aqui, o treinador tem bons números no comando do Juventude e segue em busca da recuperação no Gauchão. Em três jogos, foram dois empates — Grêmio e Aimoré — e a vitória contra o São José-PoA.
— A situação segue ruim, mas se fizermos um retrospecto recente, a equipe evoluiu todas as métricas que definem o jogo. A nossa média de gols pró nas últimas três partidas praticamente dobrou, e em relação aos gols sofridos teve uma redução significativa. A gente acredita que nesta evolução nós temos a responsabilidade de buscarmos os três pontos e fazer valer o nosso domínio com o apoio do nosso torcedor — avaliou Barros.
Faltando três jogos para encerrar a primeira fase — Caxias, Guarany-Ba e Brasil-Pel—, o Juventude briga, neste momento, para escapar do rebaixamento. Com sete pontos em oito rodadas, o Verdão precisa de um bom resultado no clássico. Se vencer, pode até mudar a sua situação na competição e se aproximar do Caxias, que hoje soma 11 pontos. Desde 2017, a maior pontuação para escapar do rebaixamento foi justamente de 11. Esse seria o número mágico para escapar do descenso, se comparar com anos anteriores.
— Logo que acabou a nossa última partida contra o Aimoré, já iniciamos a abordagem do próximo jogo e sabemos que é um clássico. Sabemos a posição que estamos na tabela e o quanto esses dias de preparação foram importantes para a gente chegar preparado para fazer um grande jogo — afirmou Barros.
O técnico interino terá pela frente um clássico para tirar o Juventude dessa situação delicada. O Caxias, até o momento, faz um Campeonato Gaúcho mais consistente que o Ju e, por isso, tem melhor campanha. No entanto, tudo pode mudar após o clássico desse final de semana. Em oito jogos, o Juventude tem somente uma vitória. O Caxias já conseguiu três e tem um dos artilheiros da competição, o centroavante Batista com quatro gols.
— É uma equipe (Caxias) muito bem treinada e vive melhor momento, com melhor pontuação do que nós. Por si só, por ser um clássico, por toda a história e por tudo que envolve, pela relevância e peso do jogo, é uma equipe que precisa ser muito respeitada. Tem jogadores perigosos, como o Batista, Matheuzinho e Sodré. Temos que estar muito atentos, ter muito respeito e competitividade para marcar bem. Temos que brigar por cada espaço do campo e buscar se impor na partida — analisou Eduardo Barros.
Retornos
Para o jogo deste sábado, o técnico interino Eduardo Barros ganhou duas opções para o clássico. O volante Ricardinho e o centroavante Ricardo Bueno voltam a ficar à disposição, após se recuperarem da covid-19. Ambos devem ser opção no banco de reservas. O lateral-direito Paulo Henrique está recuperado de lesão no tornozelo e fica à disposição.
— O retorno é muito importante, não só pelas questões estratégicas do jogo, mas a presença que ambos têm perante ao grupo de jogadores. Eles se dedicam muito nos treinos, são experientes e já viveram muito situação de clássico. Contar com ambos para a questão estratégica é fundamental — diz o técnico.
O provável Juventude: César; Rodrigo Soares, Danilo Boza, Paulo Miranda e William Matheus; Elton, Jadson e Mauro Zárate; Capixaba, Guilherme Parede e Isidro Pitta.