A vida de jogador de futebol não é tão fácil quanto, às vezes, parece. Ainda mais em clubes do interior. A dificuldade em se afirmar e dar continuidade no sonho é grande. Os desafios para tornar-se um profissional são enormes. A família é fundamental e a figura da mãe vira referência, quase sempre surgindo como a grande incentivadora pelo sucesso do filho quando ele acontece. Neste domingo (9), Dia das Mães, o Caxias enfrenta o Grêmio em busca de uma vaga na final do Gauchão.
A classificação só acontecerá se o ataque grená for efetivo. E Giovane Gomez, desde que chegou ao clube, é a grande esperança quando se fala em gol no Caxias. Filho caçula da dona Maria Neide, o atacante nasceu na pequena Tupãssi, no interior do Paraná, onde a mãe ainda reside e torce pelo sucesso do centroavante.
— Sempre que meu filho vai jogar é algo muito bom. É muito emocionante. Eu torço muito pelo meu filho e pelo time que ele joga. Aqui onde eu moro, é difícil passar os jogos, mas tenho meu outro filho (Miguel) que passa tudo para mim. Ele sempre me informa sobre tudo — conta Maria Neide, 50 anos.
Toda mãe sempre quer permanecer perto dos filhos. Porém, eles crescem e, muitas vezes, vão longe em busca dos seus sonhos. As circunstâncias da vida afastam ambos do convívio diário. E se tem uma profissão difícil de aproximar mãe e filho, numa data comemorativa, é a de jogador de futebol. Neste domingo, Dia das Mães, também é dia de jogo e de continuar realizando o sonho que Giovane sempre teve. A situação traz dois sentimentos diferentes para a mãe.
— Eu fico um pouco triste, porque a gente queria estar junto do filho, mas por outro lado fico alegre em saber que é o sonho dele. Ele sempre quis isso. Eu torço e rezo por ele. Um gol seria um grande presente. Ele sabe fazer. Para mim, seria um presente muito bom (risos). Se não acontecer, o maior presente na minha vida é ter ele — disse Marina Neide.
Antes de marcar gols e seguir a carreira como atleta, Giovane Gomez precisou ajudar a família em diferentes profissões, como pedreiro e depois sorveteiro. Porém, nunca desistiu do sonho dentro dos gramados.
— Ele começou aqui na cidade de Tupãssi. Ele era muito pequeno quando começou a jogar. Eu falava para ele não ir, mas ele dizia que era o sonho dele e ele conseguiu. Sempre quis ser atacante — revelou a mãe que encerrou com uma mensagem ao filho artilheiro:
— Eu quero que Deus abençoe ele na hora do jogo e que ele marque um gol. Se não der certo, vou estar no lado dele também. Ele é muito importante para mim. Eu o amo muito.