O Caxias precisará fazer algo diferente contra o Grêmio no próximo domingo (9), às 16h, na Arena, em Porto Alegre. Em dois jogos nesta temporada contra o mesmo adversário, um empate e uma derrota. Para classificar, só a vitória interessa. Por um gol, leva para os pênaltis. Com no mínimo dois gols, a classificação para a final do Gauchão estará garantida. O time grená, treinado por Rafael Lacerda, precisará surpreender fora de casa.
— Não sei se surpreender. Temos uma base e um estilo de jogo. Acreditamos no nosso padrão. São dois campeonatos gaúchos com boas campanhas. Vice-campeão e esse ano brigando para estar na final. Temos que ter convicção. Não vou inventar nada. Claro que tem situações que precisamos arriscar na reta final do jogo, mas para iniciar não. Se não acreditarmos nas nossas convicções, não poderíamos estar aqui — comentou Lacerda, que completou:
— Quanto a gente surpreender, vai ser em cima das nossas convicções. Não vamos mudar e fazer coisas que não fizemos até hoje. Foram dois campeonatos com esse padrão. Tudo que fizermos em Porto Alegre será em cima das nossas convicções.
Para surpreender o Grêmio, o Caxias precisará mostrar mais organização e tornar o ataque mais efetivo. Um desafio grande para o técnico Rafael Lacerda e seus comandados.
— Ter garra e lutar é fundamental, não pode faltar nunca. Mas não basta só isso. É inegável a qualidade e o investimento do adversário. Não tem como comparar. O Grêmio disputa campeonatos internacionais. Não tem como comparar as qualidades dos times. Mas com organização e comprometimento, às vezes, pode surpreender. O Caxias já surpreendeu esse adversário. O Grêmio está em evolução com o Tiago Nunes — afirmou o treinador, que comentou as qualidades desse Grêmio:
— A principal virtude do Grêmio é a posse de bola. A ideia é pressionar a bola o tempo todo. É desgastante, o adversário tem qualidade. O objetivo é ficarmos com a bola e deixar o mínimo possível com os volantes e meia do Grêmio.
Classificação ou despedida
O jogo contra o Grêmio pode colocar o Caxias em uma final de Gauchão pelo segundo ano consecutivo ou marcar a eliminação e a consequente despedida do técnico Rafael Lacerda do clube grená.
— O sentimento ruim, o único que fica, é o do não acesso no Brasileiro (Série D). Me cobro muito com a comissão e com a família. Seria o primeiro da história. Caxias não tem nenhum acesso em Brasileiros. Infelizmente, não consegui. Tirando o Brasileiro, os números estão aí. Só conferir os números. São poucos que têm números melhores. Dois anos seguidos na fase final e ano passado com um título — finalizou.