São Francisco de Paula tem se fortalecido como uma opção na Região das Hortênsias para visitantes dos mais diversos estados e até mesmo de fora do país. Em 2022, o município, que tem aproximadamente 21 mil habitantes segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), recebeu mais de 1,2 milhão de turistas, número 80% superior ao que foi visto em 2019, quando 704 mil pessoas chegaram à cidade. Os dados são do Observatório do Turismo, do governo do Rio Grande do Sul.
Além do conhecido Lago São Bernardo, que atrai os visitantes pela beleza, calmaria e pela possibilidade de passear de pedalinho pelas águas, outros empreendimentos começam a surgir. Um movimento que busca colocar São Chico, como é carinhosamente chamado, em outro patamar dentro do setor. O cenário, que começou a mudar recentemente, aponta para um ritmo de evolução nos próximos anos, transformando a cidade em uma alternativa, principalmente para aqueles que querem fugir do grande movimento de outras localidades.
Os amantes da boa gastronomia, ou aqueles que querem simplesmente relaxar em meio às paisagens paradisíacas e no silêncio, têm opções de sobra no município. Na opinião do secretário municipal do Turismo, Cultura e Desporto, Rafael Vieira Castello Costa, o crescimento de São Francisco de Paula se deve a um somatório de esforços. Dentre eles, um olhar atencioso para as dimensões territoriais, superior a 3 mil quilômetros quadrados, e um aproveitamento do interior do município, cheio de alternativas naturais.
Para seguir crescendo, Costa defende a necessidade se fazer valer da proximidade com outras importantes cidades do Estado, como Caxias do Sul, distante 136 quilômetros, e Porto Alegre, longe 114 quilômetros. Além de ser uma porta de entrada de visitantes de outros estados, que podem ingressar no município via Rota do Sol.
O secretário acredita que outro ponto fundamental para a evolução no número de visitantes foi o reconhecimento das raízes do município, como, por exemplo, as próprias tradições gaúchas, que encantam os visitantes de fora do Rio Grande do Sul. Uma ligação com o setor do agronegócio, principal fonte econômica local, também tem auxiliado na explosão turística.
— Tem que aproveitar aquilo que temos, o que faz parte da cultura, aproveitar as nossas economias e fazer essa conexão tão importante com aquilo que somos. Fazer com que as pessoas se atraiam por essa cultura local — diz Costa.
Para fisgar ainda mais visitantes em 2024, a cidade já conta com um calendário de eventos para o ano todo. Além das atrações tradicionais, como a própria Festa do Pinhão e o Ronco do Bugio, outras intervenções no cenário cultural foram criadas visando a um fortalecimento e consolidação de São Chico nesse segmento do turismo.
— É uma grande ativação, é uma atração de fluxo, uma maneira de promover o município, de atrair as pessoas para grandes produções. A manutenção daquilo que já existia, como a Festa do Pinhão e o Ronco do Bugio, e essas coisas novas, o Festival da Batata, o Roteiro Gastronômico Farroupilha, o Festival Beatles, eventos de esporte. Calibrar isso significa trazer um grande público para cá, e essa recepção ativa o destino — exemplifica o secretário.
Já a presidente da Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agronegócios de São Francisco de Paula (ACISSFP), Juliana Boff, conta que, apesar de não haver um dado que mostre qual é a fatia do turismo na economia local, a entidade estima que, atualmente, esteja em 5%.
Juliana também acredita que as dimensões territoriais de São Chico têm auxiliado na chegada de novos empreendimentos. Mesmo assim, a presidente da ACISSFP diz ser necessário investir em mais infraestrutura para que os visitantes fiquem por mais tempo na cidade.
— Os empresários têm investido e apostado muito em São Chico. É nítido o crescimento. Estamos próximos ao Litoral, da Capital e situados em umas das melhores regiões do país (a Serra gaúcha). Como corretora de imóveis, posso afirmar que as (nossas) áreas, comparadas às nossas cidades vizinhas, são muito baratas, e sem contar com as nossas riquezas naturais, além de ser um município seguro e calmo — conta.
O discurso com foco no crescimento de São Francisco de Paula no turismo é evidente. Para os próximos anos, o município busca atrair ainda mais visitantes e fazer com que eles se apaixonem pela cidade, na opinião do secretário municipal:
— Nós queremos que as pessoas venham para cá e se sintam bem acolhidas e sejam felizes, curtindo nossos meios de hospedagem, curtindo todas as nossas belezas naturais, a nossa gastronomia — finaliza Costa.
Acampamento com luxo em cenário de cinema
Era para ser um espaço familiar, mas acabou se tornando um dos principais atrativos turísticos de São Francisco de Paula. Esse é apenas um breve resumo do Tedesco Eco Park, localizado na Fazenda Chimarrão, às margens da Barragem do Divisa. A propriedade, que conta com mais de 100 hectares de área total, foi adquirida pela família Tedesco em 2017.
Assim que o turista ingressa no parque, já tem dimensões do que se trata. São 24 tendas, com três tamanhos diferentes, que entregam uma experiência única. De um lado, uma vista deslumbrante para araucárias, do outro, a possibilidade de se deparar com as águas da barragem. Inclusive, essas paisagens foram cenário da série “Desalma”, da Globoplay, que estreou em 2020.
O empreendimento nasceu de um sonho do engenheiro agrônomo João Tedesco. No início, o objetivo era apenas construir uma casa para a mãe e a família aproveitarem os momentos de descanso com tranquilidade no interior de São Chico. No entanto, como ele mesmo brinca, seria “um crime” privar as pessoas de aproveitarem tudo que a natureza oferece na localidade. Após alguns testes, em que ele mesmo colocou uma barraca convencional entre os pinheiros, decidiu que era o momento de construir as cabanas.
Hoje, as mais de 20 acomodações estão sempre lotadas, com maior fluxo de visitantes nos finais de semana e feriados. O empreendimento segue o modelo de glamping, um acampamento que entrega luxo aos hóspedes. O sócio e idealizador do parque diz que o objetivo do Tedesco Eco Park é “vender a felicidade”.
— Eu estudei muito esse termo (felicidade), e cheguei à conclusão de que felicidade é aquele momento que tu não quer que termine nunca, não interessa o que tu está fazendo. E quando termina tu quer repetir isso — diz João Tedesco, sobre a motivação do parque.
Para isso se tornar possível, criaram uma técnica para medir o tempo que as pessoas levam em algumas atividades no parque, como, por exemplo, no café da manhã, no almoço, nos passeios a cavalo, entre outros. Dessa forma, foram montados roteiros para que se encaixem com os desejos dos visitantes. Arvorismo, passeio de caiaque e trilhas são alguns dos serviços ofertados.
— A experiência tem que ser única, para ser memorável. Tem que ser um lugar que fique na memória, por isso tem que ser diferente e, São Francisco de Paula é assim, é muito diferente. Quando tu tem algo diferente, tu fica naquele momento, as pessoas ficam presas nas informações, não pensam nos projetos que têm que entregar (no trabalho), elas relaxam — complementa.
E foi justamente fugir da rotina o que motivou uma família a passar o Ano-Novo no interior de São Chico. O casal Edison e Lúcia Kamphorst, moradores de Horizontina, no noroeste gaúcho, acompanhados do filho Alexsander e da nora Tayline Concli, que vivem em Porto Alegre, se hospedaram de 27 de dezembro a 3 de janeiro no Tedesco Eco Park.
— A intenção para o final do ano era sair do ambiente da cidade grande, nós que moramos em Porto Alegre agora, e até mesmo em cidades pequenas às vezes tu se sente um pouco mais fechado. Aqui é um espaço que proporciona essa conexão com a natureza sem perder o conforto — comenta Alexsander, sobre a escolha do grupo.
A família conheceu o parque pelas redes sociais. Após se apaixonarem pelas fotos, optaram pelo destino turístico em São Francisco justamente por entenderem que entregaria à calmaria, e também por ser longe dos grandes movimentos das praias nesta época do ano. Eles ainda aproveitaram que o espaço é pet friendly para levar o Thor e a Manu para curtir as férias.
— Nós fomos criados no interior. Até para reviver isso (se referindo à experiência de campo). O local é fantástico, proporciona todas essas boas lembranças da infância, foi especial — descreve Edison, sobre a experiência.
As diárias no Tedesco Eco Park giram entre R$ 1,3 mil e R$ 3.146, e incluem todas as refeições, além de passeios e atividades pelo parque. Apenas bebidas alcoólicas e passeios que necessitem de veículos motores da propriedade não entram no valor.
Hospedagem centenária se reinventa
Se acolher o visitante é um dos grandes objetivos de São Francisco de Paula, o Parador Hampel cumpre à risca. Instalado em uma área de 25 hectares na Rua Boca da Serra, no Remanso Indianápolis, o local vai completar 125 anos em 2024. Desde 2017, quando o chef Marco Livi adquiriu o empreendimento, a hospedagem vem se reinventando. Por conta de toda a sua história, o local é catalogado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (Iphae).
Para quem entra nas dependências, é possível ter algumas memórias afetivas, como um retorno para a casa dos avós no interior, e até mesmo conhecer mais sobre a história de um empreendimento que está marcado na Serra gaúcha. Livi é natural de São Chico, mas radicado em São Paulo. Desde que assumiu o comando do Hampel, tem dado um novo olhar para o histórico empreendimento, principalmente se fazendo valer das belas paisagens, com seis cachoeiras e um lago, e inúmeras trilhas pelo mato.
— As pessoas falam que tem que olhar para fora da caixa: não! Tem que olhar para dentro da caixa. O mais rico, o mais importante nós já temos: que é a natureza, que são as belezas naturais, que é a água. Isso já está aqui inserido (na cidade), só temos que saber lapidar e apresentar. Nós falamos no Hampel que pensar pequeno ou grande dá o mesmo trabalho, da mesma forma que o máximo do luxo para nós é o simples, e eu acho que isso que São Chico tem que ter — revela, sobre como imagina o desenvolvimento do turismo local.
Há sete anos, o Hampel, que já era conhecido pela sua hospedagem, se consolidou como um espaço para experiências gastronômicas, principalmente pela bagagem do chef Livi, que já se aventurou até mesmo nas cozinhas europeias. Um grande exemplo é o evento A Ferro e Fogo, que acontece todos os domingos, com um grande desfile de assados que atrai cerca de 250 pessoas que aproveitam todo o dia no local.
— A gastronomia aconteceu de fora para dentro. Eu trouxe a experiência de São Paulo para dentro do Hampel, e isso começou a conectar a hospedagem e a hospitalidade tudo dentro de um produto, e aí começamos com os produtos gastronômicos — explicou Livi, sobre a virada de chave.
Com a instalação do restaurante Ana Terra nas dependências do Parador, foram criadas outras atividades que tiram o fôlego do visitante, não somente pela farta gastronomia, mas também pela apresentação. Assim, o café da manhã na cachoeira se tornou um dos queridinhos dos visitantes. Passeios a cavalo e outras atratividades, como a Festa das Lanternas, Halloween, Ceia de Natal e Réveillon, também fazem o local ser muito procurado por turistas de diversos locais do Brasil e do mundo.
A hospedagem inclui atualmente 22 acomodações. Os valores de diárias giram entre R$ 410 por casal e R$ 990 por casal, com café da manhã e chá da tarde inclusos. Outros serviços de gastronomia tem os preços específicos, o café da manhã na cachoeira, por exemplo, custa R$ 345.
Resort de luxo às margens da Barragem do Divisa
Luxo e sofisticação em meio à lindas paisagens. Tudo isso é entregue pelo Bourbon Serra Gaúcha/Divisa Resort, inaugurado no final de 2022. Um empreendimento localizado em uma área de aproximadamente 25 mil metros quadrados às margens da Barragem do Divisa, no interior de São Francisco de Paula.
O negócio surgiu do sonho da família Lopes, proprietária das terras há mais de 50 anos. O desejo era dar uma destinação para o local em que era a casa de campo, principalmente com foco no turismo de luxo e com o objetivo de proporcionar experiências únicas.
Pipas de vinho utilizadas por mais 60 anos no Vale dos Vinhedos foram adaptadas para receber os visitantes. Além desse modelo de acomodação, os bangalôs com uma experiência de glamping — o acampamento de luxo — e com a possibilidade de observar o céu pelo teto, duas casas de campo e apartamentos convencionais fazem parte das alternativas de hospedagem.
Para os visitantes aproveitarem o dia, não faltam atividades. São oferecidos esportes náuticos, passeios a cavalo, de quadriciclo, pela natureza e ecológicos, além de uma experiência de vivência para as crianças em uma minifazenda. Nos dias de chuva, os hóspedes podem usufruir de uma sala de jogos com cartas, tabuleiros e sinuca. Uma piscina externa e outra interna também fazem parte dos atrativos.
— Temos várias atrações para as famílias e para todos os públicos, não importa a faixa etária, todos terão suas experiências dentro do empreendimento. Sempre estamos proporcionando eventos para os hóspedes, com recreações para que todos tenham, durante a estadia, vivências bem diferentes do cotidiano e até mesmo de outros hotéis — explica o gerente-geral do Bourbon Serra Gaúcha/Divisa Resort, Carlos Marrama.
Após a consolidação nos primeiros meses de funcionamento, em dezembro de 2023 a administração do resort passou a ser controlada pelo grupo Bourbon Hospitalidade. Desde a inauguração, a média de visita mensal do Divisa gira entre 500 e 600 hóspedes. Com o estabelecimento repleto de belezas naturais, Marrama elenca os objetivos para os próximos anos:
— Fortalecer o destino, porque não somos somente um hotel, mas, sim, um destino. Incentivar cada vez mais o turismo de experiência e pensar em um crescimento. Até já tem alguns planos para a criação de um centro de eventos e, quem sabe, proporcionar mais vagas para hóspedes.
As diárias iniciam em R$ 1,7 mil e podem superar os R$ 3 mil, dependendo da acomodação e da época do ano, com alimentação, com café da manhã, almoço e jantares, além de diversos passeios, como bicicleta, de caiaque pelas águas da barragem. Atividades com quadriciclo, cavalo e passeios de barco são pagos à parte.
Eventos podem ajudar no crescimento
Dentro da cidade, inaugurada em 2019, a Padaria e Confeitaria Doce Café, localizada na Avenida Júlio de Castilhos, no Centro de São Chico, tem se tornado um importante ponto de visitação na cidade. O empreendimento, que tem como uma das sócias a jornalista e empreendedora Manuela Teixeira, busca valorizar as produções e cultivos da região. Entre os principais pratos servidos, há uma semelhança: o pinhão. Mas outros produtos locais também são valorizados:
— Nos pratos temáticos também tivemos pizzas de costela e queijo serrano. Os pratos temáticos têm uma saída muito grande, por ser o que o turista quer conhecer: a identidade local — explica Manuela.
A valorização da região passa também pela própria arquitetura do local. Com um interior em madeira e itens em tecido, carrega um pouco a história de São Francisco e evidencia a proximidade entre as pessoas, tão característica de cidades do interior. Soma-se a isso um atendimento diferenciado.
— Tu conhecer e saber o nome das pessoas, tratar elas pelo nome, isso também trazemos para o nosso público de visitantes. No período do Natal e Ano-Novo, tivemos famílias que estavam hospedadas aqui (na cidade) e vieram todos os dias tomar café da manhã e da tarde com a gente — exemplifica Manuela.
Mesmo que tenha percebido um crescimento no fluxo turístico da cidade, a empreendedora acredita que o setor tem potencial para crescer. Para ela, uma das possibilidades é estruturar ainda mais a organização de eventos.
— Para a gente se fortalecer, precisa investir no marketing de cidade, de destino, valorizando as nossas potencialidades que outras cidades não têm no momento, que é a natureza, o interior, o espaço, mas também as atrações, o turismo de eventos. As pessoas querem sair, querem viajar, querem circular. A nossa localização, acredito, é uma das mais privilegiadas do Estado — sugere Manuela.
Outro estabelecimento na cidade está instalado há 15 anos em um prédio de três andares e de aproximadamente dois mil metros quadrados na Rua Júlio de Castilhos, esquina com a Barão de Santo Ângelo. A Livraria Miragem recebe muitos de visitantes todos os anos.
O negócio oferece livros novos, usados e outros objetos ligados à literatura que atraem os visitantes dos mais variados locais. Assim, é quase impossível circular pela Miragem durante todos os dias da semana e não encontrar amantes da leitura. Há quem fique horas e mais horas lá dentro.
— As pessoas ficam deslumbradas, entram e veem que o prédio é lindo, a arquitetura é linda. O pessoal fica admirado, adora o lugar. Temos livros diferenciados. Só de entrar na porta as pessoas ficam muito felizes — detalhou Isis Heck, que trabalha no estabelecimento há 14 anos.
Além da parte literária, ao lado há um café ligado à Miragem. Somados, os dois empreendimentos recebem mensalmente cerca de 5 mil visitantes.
São Chico receberá resorts com aporte bilionário
E o futuro também já chegou em São Francisco de Paula. Está previsto para o mês de março o início das obras de dois resorts, um do Grêmio e outro do Internacional. Ambos os empreendimentos estarão localizados no km 68 da RS-235, na divisa com Canela. O investimento aproximado é de R$ 1 bilhão pela empresa Laghetto Sports Resort. As obras devem durar até quatro anos.
Cada resort contará com 461 apartamentos, campos de futebol com medidas oficiais, quadras esportivas, piscinas internas e externas, entre outras atrações. Conforme Gustavo Kinzel, sócio do empreendimento, trata-se de um investimento único no Brasil. Lá, os visitantes entrarão em contato com a história dos respectivos clubes e desfrutarão de espaços luxuosos.
— Nos preocupamos em cada detalhe da arquitetura, da ambientação, uma forma que não fique pesada, mas sutil. Tudo foi pensando em trazer bem-estar ao cliente. Tudo que tem de carinho pelo clube vai ter ali — diz.
A venda das reservas será no modelo de multipropriedade, ou seja, as pessoas poderão se hospedar por um tempo determinado conforme o investimento feito, definido por meio de frações. Também haverá espaços abertos para o público em geral, como a loja oficial de cada clube, sport bar e restaurante. Para Kinzel, trata-se de um modelo de propriedade que o mercado ainda não conhece, e que impactará de forma positiva.
— Divulgamos um projeto com volume de área de lazer, com uma harmonia dos ambientes internos completamente diferentes do que a multipropriedade tem visto até hoje. Me arrisco a dizer que esse é o melhor projeto de multipropriedade que o país vai ver nestes próximos anos. Além da emoção do torcedor, para dar esse engajamento, a gente também está trazendo um produto realmente diferenciado que o mercado ainda não viu — garante Kinzel.
A participação de Grêmio e Inter no projeto se dá por meio do licenciamento de marcas. Os clubes receberão mensalmente um valor acordado em contrato pelo fornecimento dos nomes. O percentual não foi divulgado por Kinzel, que disse que isso será mantido em segredo no momento. A previsão é de que, após a inauguração, cada resort receba cerca de 150 mil visitantes por ano.