A celebração dos 90 anos do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, fundado em 6 de março de 1933, é também um marco histórico. Primeiro, para o movimento dos trabalhadores, cuja primeira greve dos metalúrgicos ocorreu ainda em 1920, cerca de 13 anos antes do surgimento do sindicato. E segundo, para a história da região, marcada por sucessíveis ciclos de crescimento econômico em diferentes contextos políticos.
Voltar a 1933 é, antes de mais nada, revisitar um período conturbado, seja no campo econômico ou político, pois ainda dava sinais das inquietações decorrentes da Primeira Guerra Mundial, em um cenário propício a novos conflitos futuros. Por exemplo, já em janeiro de 1933, Adolf Hitler foi nomeado chanceler pelo então presidente alemão, Paul von Hindenburg. Nos bastidores, e se aproveitando das instabilidades ainda provocadas pela Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, Hitler e outros líderes nazistas criaram o cenário ideal para estabelecer uma ditadura.
Do outro lado do Oceano Atlântico, o Brasil vivenciava, no início da década de 1930, uma revolta liderada por Getúlio Vargas. Ele ficou incumbido da organização do novo governo, que teria caráter provisório, cujo objetivo maior era desintegrar a estrutura política oligárquica.
No dia 5 de março de 1933, o presidente Franklin Roosevelt declara feriado bancário nos Estados Unidos, dando início à implementação do New Deal, um programa de recuperação da economia após a quebra da bolsa. E, em Caxias do Sul, no dia seguinte, em 6 de março, dentro desse turbulento cenário, os trabalhadores caxienses se organizavam e fundavam o Sindicato dos Operários Metalúrgicos e Classes Anexas de Caxias do Sul.
Entre o primeiro presidente do sindicato caxiense, Adelino Lucatelli, operário da Metalúrgica Abramo Eberle, em 1933, passaram-se 90 anos, tendo agora, em 2023, Assis Melo como o mais longevo líder à frente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região. O que os une? A mesma luta em um novo cenário, ainda mais desafiador.
“Se tem alguém ainda brigando é porque tem energia”
Vania Herédia é pós-doutora em História Econômica pela Universidade de Padova, na Itália , e também em Antropologia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Autora de livros como O Processo de Industrialização da Zona Colonial Italiana, Imigração e Sociedade: Fontes e Acervos da Imigração Italiana no Brasil, a professora e pesquisadora avalia a criação do Sindicato dos Metalúrgicos, nos mais diversos contextos sociais, políticos e econômicos dos séculos 20 e 21.
— O cenário inicial do sindicalismo no Brasil começa forte com o Getúlio Vargas (entre 1930-1945), mas tem a ver também com o cenário do capitalismo. E o que tem nesse meio tempo, pra Caxias? Tem duas coisas muito importantes. Primeiro, em 1943, tem a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Começam então as regras do mundo do trabalho e, nesse momento, o sindicato está nas mãos do Estado. E como o sindicato está na mão do Estado é forte porque interessa ao Estado recolher as contribuições dos operários — explica Vania Herédia.
É dentro desse contexto, avalia a pesquisadora, que os operários caxienses encontram uma oportunidade para não apenas conquistar vagas no mercado de trabalho, sobretudo na indústria, um setor sempre crescente no município. E mais ainda, reforça a pesquisadora, é dentro dessa perspectiva que o município também se beneficia economicamente.
— A classe trabalhadora se beneficia porque as condições são propícias a ela. E o caso de Caxias, eu diria, tem duas coisas que são importantes. Ela já ter uma capacidade industrial instalada, antes da fase do Vargas, que começa com a Primeira Guerra Mundial, com várias industrias que vão crescer fazendo armas. E o outro, é que as indústrias metalúrgicas de Caxias vão virar de interesse nacional no período da Segunda Guerra.
Nessa linha do tempo, atravessando contextos históricos, econômicos e sociais distintos, há ciclos que favorecem o fortalecimento da luta sindical, porém, em outros, são impulsionadas crises para enfraquecer o movimento. Vania entende que uma das complexidades, além da não obrigatoriedade da contribuição sindical, firmada pela Lei da Reforma Trabalhista, no governo de Michel Temer (MDB), é que o conjunto dos trabalhadores atendidos pelo sindicato é bastante heterogêneo atualmente. A respeito do futuro do Sindicato dos Metalúrgicos, diz:
— Na minha opinião, o papel do sindicato não é defender só os metalúrgicos. Hoje, entendo, é importante voltar a origem, às raízes de quando o sindicato nasceu, como Sociedade Operária. Pode ser que não consiga, porque na nossa região os mecanismos são muito fortes. Mas penso que vai ter de agregar, porque só com os metalúrgicos perde força.
E, acrescenta:
— Muitos entendem que o sindicato perdeu a característica da proteção, porque está enfraquecido. Mas não perdeu. Vejo assim, quando tem um dissídio ou acordo, se tem alguém brigando é porque ainda tem energia. Pior é quando não tem mais ninguém lutando, porque em alguns segmentos ninguém mais briga, ou seja, acabou.
Desafio é atender Os Jetsons e Os Flintstones
É consenso entre os historiadores e líderes políticos de que o movimento sindical, de uma forma geral, é um espaço fértil para o debate. Sempre centrado na consciência política e seus desdobramentos.
Pensam assim também, Paulo Roberto Wünsch, licenciado em Ciências Sociais e pós-doutor, e Saulo Rodrigo Bastos Velasco, com licenciatura plena em História. Eles são autores do livro 100 Anos de Lutas - A História dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, em um recorte mais ampliado e que antecipa o cenário de criação do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias e Região.
Um período, aliás, como pontua Velasco, que revela as lutas travadas pelos operários por melhores condições de trabalho, além, é claro, da valorização salarial.
— Temos de lembrar que era um tempo de jornada de trabalho mais longa, os ambientes eram completamente insalubres, não havia preocupação com a segurança e saúde do trabalhador, e era comum o trabalho infantil. Inclusive, temos imagens até do Eberle, dos adultos trabalhando e, em volta das máquinas, vemos os filhos dos trabalhadores. A função das crianças era recolher as sobras de peças e de material que caiam pra depois colocar em um cesto e aí voltar para a fundição. E esse trabalho infantil nem era remunerado, os pais levavam os filhos como uma extensão do seu serviço pra poderem produzir mais.
Atualmente, defende Velasco, a partir da tomada de consciência, há o entendimento de que as crianças devem estar em sala de aula e não mais trabalhando. Para Wünsch, esse avanço foi possível porque o movimento sindical, em sua essência, luta por melhores condições usando como estratégia a formação de seus integrantes, pregando a valorização dos trabalhadores a partir do despertar de uma conscientização sócio-política.
— Em realidade, há duas questões importante no sentido do avanço da consciência. De um lado, a realidade do fato e, de outro, a existência de lideranças que vão, digamos assim, demonstrar qual é o causador dessa realidade — explica Wünsch, destacando como uma das principais lideranças da história do Sindicato dos Metalúrgicos, Bruno Segalla, presidente entre os anos 1957 e 1964, operário da Eberle e escultor.
— O Bruno Segalla, enquanto agente político (foi vereador) e sindical ao mesmo tempo, foi um dos primeiros a fazer essa relação, trabalhando na conscientização dos trabalhadores através do sindicato — acrescenta Velasco.
Atravessar 90 anos mantendo-se não apenas fiel aos seus princípios, mas também permanecer importante para o futuro também é uma questão que preocupa Velasco e Wünsch. Em uma conversa com um trabalhador, Wünsch diz que ouviu uma metáfora que sintetiza o desafio contemporâneo do movimento sindical.
– O sindicato tem de, ao seu tempo, elaborar uma pauta de reinvindicação que leva em consideração essa nova realidade em que vivemos. Eu ouvi de um trabalhador o seguinte, que dentro da mesma empresa tem “Os Jetsons” e “Os Flintstones”. Você tem o cara que trabalha com alta tecnologia e o cara que ainda está no serviço rudimentar. Então, como é que o sindicato vai dar conta dessas pautas, nessas realidades heterogêneas? O que há de comum entre eles é que o Flintstone sonha ser Jetson para melhorar a sua situação. Mas, de outro lado, o Jetson acha que é pouco valorizado e super explorado – pontua Wünsch.
Na mesma linha, Velasco entende que, apesar do incerto cenário, mesmo a nível global, os sindicatos de um modo em geral podem contribuir para a compreensão de que a coletividade é um ambiente mais forte do que a individualidade.
– Nesse atual contexto em que prevalecem as ideias de um recorte neoliberal, que estimula o individualismo, as pessoas acham que a saída é individual. Mas não existe uma saída individual para um problema coletivo.
“Saímos de uma briga mais direta para um debate de conceito econômico”
Assis Melo, atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, está há 19 anos à frente da entidade. Na linha histórica, Assis está há mais tempo atuando como presidente, apesar dos curtos períodos licenciado, como ocorreu no tempo em que foi vereador de Caxias ou deputado federal. Assumiu pela primeira vez em 2002 e saiu em 2017. Dois anos depois, em 2019, voltou a ser eleito presidente do sindicato.
Durante a entrevista concedida em sua sala, na sede do sindicato, no centro de Caxias do Sul, Assis reforçou que a luta sindical vai além da briga por melhores salários. Para ele, o sindicato precisa se comunicar bem com o trabalhadores, ouvir suas demandas, mas também precisa observar o cenário macroecômico para compreender o melhor momento para lutar.
— O sindicato precisa olhar o todo. E ao mesmo tempo, se comunicar e falar com a sociedade. O sindicato tem de olhar para as necessidades do trabalhador, do filho do trabalhador que precisa ir para a creche. Com ele faz depois que passa a idade de ir para a creche e tem de ir para a escola, que não é em turno integral? Porque as escolas são de um turno só, mas o trabalhador trabalha o dia inteiro. Como é que faz? — provoca Assis.
E acrescenta:
— Tudo isso é luta do sindicato. A gente está atento sobre isso, nos preocupamos ainda com a saúde e o lazer do trabalhador. Investir em lazer é investir na saúde do trabalhador, não só física, mas também a mental. Porque o trabalhador é muito exigido mentalmente também. Além disso, existe uma pressão por resultado e produtividade.
Entre as pautas recorrentes está o dissídio, que é o debate por melhores salários, que ocorre em diversos encontros entre o Sindicato dos Metalúrgicos e o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs). Assis entende que a relação entre as entidades amadureceu, mas compreende que cada uma tem sua visão de mundo e suas demandas em particular.
— Na verdade, tudo é uma evolução. Saímos de uma briga mais direta para um debate até mais ideológico ou de conceito econômico. Por isso, falo para a direção e procuro debater sobre a importância da formação sindical. Não basta reivindicar. Tu tem de explicar porque tu reivindica. E é preciso também colocar isso em um contexto econômico. Porque, tu pode até colocar uma reinvindicação, mas se não está dentro de um contexto econômico não vai avançar. Essa análise precisa estar ainda mais aguçada hoje, porque o trabalhador também recebe muitas informações e como é que o sindicato, nessa pluralidade de ideias, se coloca?
Quanto ao seu futuro dentro do sindicato, Assis despista, mas revela que tem pensado na transição. Reconhece seu papel e diz estar focado na formação de novas lideranças. Suscintamente, diz:
— É preciso consolidar esse processo de transição.
Homenagem na Câmara de Vereadores de Caxias
Na última quinta-feira (9), a Câmara de Vereadores de Caxias realizou uma sessão solene em homenagem aos 90 anos do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região.
A proposta foi do vereador Renato Oliveira (PCdoB), que é também um dos líderes do sindicato. Na plateia, além da presença dos trabalhadores, destaque para dois representantes do Simesc, Gustavo Souto Polese, atual vice-presidente Administrativo Financeiro e, Paulo Antônio Spanholi, ex-presidente (gestão 2019-2022).
Spanholi e Assis demonstraram, recentemente, que apesar das diferenças de visão de mundo, é possível estabelecer pontes. Noticiado pelo Pioneiro, na coluna Caixa-Forte, em 10 de setembro de 2019: “Em mobilização para socorrer os cerca de 150 trabalhadores com verbas rescisórias a receber da Voges/Metalcorte, o Sindicato dos Metalúrgicos solicitou o engajamento do Simecs, que aceitou. E conseguiu arrecadar 344 cestas básicas”.
Da tribuna, Assis citou Spanholi ao lembrar da pandemia de covid-19 e das constantes conversas entre eles.
— Perguntem aí pro Spanholi ele está de prova. Nós fomos o primeiro sindicato do país a defender o emprego e a vida. Nosso lema era: “Vacina no braço e aumento já”.
Em pouco mais de 15 minutos de pronunciamento, Assis terminou dizendo:
— Se há máquinas que podem conversar entre si, não foram elas que se desenvolveram, foi a consciência do povo, dos trabalhadores e da sociedade. E para que isso continue a acontecer, vamos precisar dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Quatro colunas fundamentais
Os autores do livro 100 Anos de Lutas - A História dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, Paulo Roberto Wünsch e Saulo Rodrigo Bastos Velasco, defendem que há quatro presidentes que podem ser tratados como “colunas fundamentais do sindicato”.
Reforçam isso, sem desmerecer outros presidentes, mas historicamente, entendem que Bruno Segalla, Antônio Olívio Frigeri, Jorge Antonio Rodrigues e Assis Melo sintetizam o elo entre a conscientização dos trabalhadores em meio ao contexto sociopolítico regional e brasileiro.
Confira a seguir, uma breve biografia de cada um deles:
Bruno Segalla - Presidente entre 1957 e 1964
Segalla começou a trabalhar na Eberle com 14 anos, no setor de gravação de medalhas. Entra para o sindicato em 1955 como secretário-geral. Destacou-se como dirigente sindical e tornou-se membro da Federação Sindical dos Metalúrgicos (FSM), sediada em Praga, na República Tcheca. Apesar de autodidata, tendo cursado ao equivalente curso Fundamental, participava de encontros com intelectuais, lia e estudava sobre filosofia e marxismo. Na década de 1950, exerceu o cargo de vereador pela Aliança Republicana Socialista (ARS). Em 1964, o Golpe Militar reprime os movimentos operários, sendo presos muitos sindicalistas. Em operação realizada no dia 9 de abril, foram presos Bruno Segalla (presidente), Armin Damian (secretário) e Alcides Zatera (tesoureiro), Percy Vargas de Abreu e Lima (advogado), Henrique Ordovás (médico) e Júlio Pedro Furlan (ex-sindicalista). Reconhecido ainda como escultor e medalhista, morreu em agosto de 2001.
Antônio Olívio Frigeri - Presidente entre 1965 e 1978
Frigeri iniciou sua vida operária como soldador da Metalúrgica Abramo Eberle. Além disso, jogava futebol amador no Flamengo, atual S.E.R Caxias. Na gestão de Bruno Segalla, assumiu a tesouraria por dois anos.
Em sua gestão, apesar do avanço da ditadura, sobretudo com o Ato Institucional nº 5 , que decretou, por exemplo a “proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política”, que sempre ocorreu e ocorre dentro do movimento sindical, Frigeri inaugurou a nova sede social do sindicato, em 11 de outubro de 1975.
Frigeri faleceu em abril de 1980 em um acidente de avião, em Florianópolis. Na época, voltava de um encontro da Confederação Nacional dos Trabalhadores. Segundo relato de familiares, ele não deveria ter viajado, por recomendações médicas, porque, um ano antes, havia sofrido um enfarto.
Jorge Antonio Rodrigues - Presidente entre 1993 e 2002
Rodrigues, técnico mecânico da Fras-le, foi presidente por três mandatos consecutivos. Ingressou no movimento sindical em 1984. Segundo ele, o despertar da consciência para o engajamento teve como base a formação recebida no PCdoB.
Na sua gestão, em 1994, ocorre a implantação do Plano Real, um programa com o objetivo de estabilização e reformas econômicas. E, logo no ano seguinte, toma posse como presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, dando início a uma era neoliberal no país. No mesmo ano, contudo, o sindicato compra o terreno para a construção da Sede Campestre, cuja inauguração das piscinas aconteceu em dezembro de 1997.
Jorge licenciou-se do sindicato em janeiro de 2001 para assumir a Secretaria de Serviços Públicos Urbanos, na prefeitura de Caxias do Sul.
Assis Mello - Presidente entre 2002-2017 e 2019 em diante
Quando 2023 fechar, Assis Melo terá chegado a marca de 19 anos à frente do Sindicato dos Metalúrgicos. Em meio a licenças, para assumir os cargos de vereador e deputado federal, sempre pelo PCdoB, Assis já entrou na história como o presidente há mais tempo na liderança da entidade que representa os metalúrgicos da região.
Assis chegou a Caxias em 1978, vindo de Vacaria. Seu primeiro trabalho, ainda com 16 anos, foi na Madezatti. Em 1980 foi para a Fras-le onde permaneceu até agosto de 1986. Teve passagens ainda pela Robertshow e Marcopolo. Em sua primeira participação no sindicato, na greve de 1985, integrou a comissão de fábrica para negociar com a empresa.
Em 2002 é eleito presidente do sindicato com 94,6% dos votos válidos. Sobre sua opção política, sempre disse que foi dentro do PCdoB que ele entendeu e compreendeu melhor as questões políticas e sociais, percebendo qual é o papel da classe operária na luta de classes. Em 2019, Assis Melo é reconduzido à presidência do sindicato após a renúncia do então presidente, Claudecir Monsani.
Raio-X
Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região
Fundação: 6 de março de 1933, como Sindicato dos Operários Metalúrgico e Classes Anexas de Caxias.
Base territorial: Caxias do Sul, São Marcos, Antônio Prado, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Nova Pádua e Nova Roma do Sul.
Linha do tempo
Janeiro de 1933
- Depois que Adolf Hitler tornou-se chanceler da Alemanha, ele agiu rapidamente para transformar o país em uma ditadura com um único partido, e organizou uma força policial especialmente para garantir que as políticas nazistas fossem aplicadas.
5 de março de 1933
- Grande Depressão: o presidente Franklin Delano Roosevelt declara feriado bancário nos Estados Unidos, dando início à implementação do New Deal.
6 de março de 1933
- Fundação do O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e região.
16 de março de 1933
- Dez dias depois da criação do Sindicato dos Metalúrgicos, a assembleia da Associação dos Comerciantes autorizou a diretoria a organizar o sindicato com a presença dos industrialistas.
1933
- A artista plástica Tarsila do Amaral pinta a obra "Operários" , dando início à pintura social brasileira.
1937
- Getúlio Vargas é o presidente do Brasil durante o Estado Novo, de 1937 a 1945.
1941
- Em 27 de abril foi aberto o trecho da estrada federal (BR-101), que ligava Caxias a São Leopoldo.
1946
- Eurico Gaspar Dutra é presidente do Brasil entre 1946 e 1951.
1950
- A cidade passa a se chamar Caxias do Sul.
1951
- Getúlio Vargas é presidente do Brasil entre 1951 e 1954.
1954
- Café Filho é presidente do Brasil entre 1954 e 1955.
1955 e 1956
- Ocorrem as primeiras greves em Caxias, organizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos.
1956
- Juscelino Kubitschek é presidente do Brasil entre 1956 e 1961.
1957
- Em 30 de abril é criada a Associação das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul.
1961
- Jânio Quadros é presidente do Brasil por 206 dias. Com a saída de Jânio, toma posse João Goulart, que ficou até 2 de abril de 1964.
1963
- Sob direção de Bruno Segalla, os metalúrgicos de Caxias promoveram uma das maiores greves da Serra, mobilizando 8 mil operários durante dois dias.
1964
- O general Humberto Castelo Branco assume como presidente do Brasil, até 15 de março de 1967.
1964
- O Golpe Militar reprime os movimentos operários, foram presos muitos sindicalistas de Caxias. Em 9 de abril, o Sindicato dos Metalúrgicos sofreu uma intervenção do Ministério da Guerra.
1967
- Artur da Costa e Silva assume como presidente do Brasil, até 15 de março de 1969.
1969
- Emílio Garrastazu Médici assume como presidente do Brasil, até 15 de março de 1974.
1973
- Os produtos fabricados pela Metalúrgica Abramo Eberle representavam 13,32% do total do potencial socioeconômico de Caxias.
1973
- Em 13 de outubro foi criada a Câmara da Indústria e Comércio de Caxias do Sul.
1974
- Ernesto Geisel assume como presidente do Brasil, até 15 de março de 1979.
1979
- Sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 80 mil metalúrgicos se reuniram em 13 de março, em São Bernardo do Campo.
1979
- João Figueiredo assume como presidente do Brasil, até 15 de março de 1985.
1985
- Tancredo Neves foi eleito indiretamente, morreu antes de tomar posse. Assumiu o vice, José Sarney, até março de 1990.
1988
- Promulgada a Constituição Federal, escrita durante o processo de redemocratização do Brasil, após o fim da Ditadura Militar.
1989
- Queda do Muro de Berlim, em novembro, deu início à reunificação da Alemanha.
1990
- Fernando Collor é empossado presidente e sob acusações de corrupção sofreu impeachment. Assume seu vice, Itamar Franco, até 1º de janeiro de 1995.
1991
- O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias filia-se à Central Única dos Trabalhadores.
1994
- Implantação do Plano Real, um programa com o objetivo de estabilização e reformas econômicas.
1995
- Compra do terreno para a Sede Campestre do Sindicato dos Metalúrgicos (a inauguração das piscinas aconteceu em dezembro de 1997).
1995
- Fernando Henrique Cardoso é empossado presidente do Brasil, até 1º de janeiro de 2003.
2000
- Vitória do Sindicato dos Metalúrgicos no processo do Fundo de Garantia, iniciado em 1995.
2001
- Em 11 de setembro ocorreram ataques terroristas nos Estados Unidos, resultando em cerca de 3 mil mortes.
2003
- Luiz Inácio Lula da Silva é empossado presidente do Brasil. Reeleito, permaneceu até 1º de janeiro de 2011.
2011
- Dilma Rousseff é eleita presidente do Brasil. Por conta do impeachment, em 2016, Michel Temer assume, até 2019.
2013
- O Sindicato dos Metalúrgicos comemora 80 anos.
2019
- Jair Messias Bolsonaro é empossado presidente do Brasil, até 2022.
2019
- Assis Melo foi reconduzido à presidência do Sindicato dos Metalúrgicos, permanecendo até o momento.
2023
- Luiz Inácio Lula da Silva é empossado presidente do Brasil.
Fontes: Livros "Caxias do Sul: Evolução Histórica", de Loraine Slomp Giron (1977) , "Casas de Negócio", de Loraine Slomp Giron e Heloisa Eberle Bergamaschi (2001) e "100 Anos de Lutas - A História dos Metalúrgicos de Caxias do Sul", de Paulo Roberto Wünsch e Saulo Rodrigo Bastos Velasco. "90 anos do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e região" (2023), texto de Otniel Alves Borges.