Fundada em 1911, em Caxias do Sul, a Veronese Produtos Químicos foi uma das empresas destacadas na reportagem especial As lições para a prosperidade centenária, publicada na última semana no caderno + Serra, do Pioneiro.
Na carona desse resgate, destacamos aqui uma das imagens que integraram a publicação Do Pioneirismo à Economia Global – 100 Anos de História de uma Indústria Brasileira, lançada em 2011, por ocasião do centenário da empresa ( leia mais ao lado).
Trata- se do batizado de Regina Yara Veronese Mascia, filha de Ruy Mascia e Nelly Veronese Mascia, nascida em 11 de fevereiro de 1948. A festa, obviamente, reuniu dezenas de familiares e amigos, boa parte deles eternizada na“ foto oficial” acima.
A bebê Regina Yara está junto aos padrinhos Cecy Mascia e Carlos Gottschall Também estão ali, à esquerda, Ruy Mascia ( de terno branco), Luiz Veronese (ao lado dele), a esposa Antonieta (mais ao centro), Gessy Agostinelli Divan e o filho José Armando ( no colo, de boné branco), o casal Nilza Serafini Veronese e Attilio Veronese, Felice Veronese Casagrande, Honorina Bertier Agostinelli, Hélio Agostinelli, a atriz de novelas de rádio Lucita Fonseca Vieira ( com o filho Vicente Newton), o casal Henrique Veronese e Clotilde Costi Veronese, Iolanda Maggi, Santiago e Inês Mascia, Gino Focardi, Olga Agostinelli Focardi e Amábile Andreazza Agostinelli.
Entre as crianças ( à frente, a partir da esquerda) estão José Antônio Veronese Mascia, Marco Aurélio Gottschall, Luiz Santiago Veronese Mascia, Regyna de Queiroz Gazola, Ivan Maggi, Antônio Rath de Queiróz, Juliano Viegas e João Claudio Pante. Mais ao centro vemos ainda Matilde Veronese Saldanha ( de laço branco na cabeça, junto aos padrinhos do bebê), Marisa Canalli e Mariazinha de Queiroz Casara.
O registro feito pelo Studio Geremia ocorreu defronte ao extinto casarão de madeira localizado na Rua Bento Gonçalves, entre a Alfredo Chaves e a Guia Lopes – onde residia o casal Antonieta Agostinelli Veronese e Luiz Veronese, avós de Regina e pais de dona Nelly.
HISTÓRIA EM LIVRO
Publicado pela Editora Belas Letras, com pesquisa de Tania e Charles Tonet, o álbum "Veronese - Do Pioneirismo à Economia Global: 100 Anos de História de Uma Empresa Brasileira" traz, além de história e dezenas de depoimentos de diretores, familiares e funcionários, um amplo mapeamento fotográfico. Estão lá registros das antigas seções e escritórios, imagens externas dos prédios, momentos da família, maquinário, produtos e estandes da Festa da Uva.
Na imagem acima, vemos os irmãos Attilio, Luiz e Henrique Veronese ( todos de terno e gravata) com os funcionários no final dos anos 1940, provavelmente durante um dos tantos almoços do Dia do Trabalhador. No grupo estão, entre outros, dona Dulce Neves, contadora da empresa, e o químico Guido Tomasi.
Já no início dos anos 1950, os Veronese testemunharam a partida de vários de seus entes queridos. Em 18 de dezembro de 1951 faleceu o tenente Mário José Agostinelli Veronese, filho de Luiz Veronese e dona Antonieta. No ano seguinte, em 22 de maio, saiu de cena Luiz, o fundador da empresa. Cerca de um mês depois, em 21 de junho de 1952, morreu seu irmão, Henrique Veronese.
TRAJETÓRIA
A Veronese Produtos Químicos mescla sua história ao desenvolvimento do setor vitivinícola da região desde 1911. Foi logo após a visita do filho de imigrantes vênetos Luiz Veronese à Itália, para estudos e compra de maquinário.
Primogênito do italiano Felice Veronese, o químico autodidata buscava agregar valor ao vinho produzido na região, por meio de novas técnicas de vinificação e da adoção de corretores. Vivendo no meio vinícola, Luiz percebeu que a matéria tartárica, originada no depósito do vinho em barris, estava sendo desperdiçada.
Acreditou, então, na possibilidade de aproveitá- la na elaboração de produtos como o cremor de tártaro, o ácido tartárico e o xarope de tanino, entre outros destinados às indústrias de alimentos e bebidas. Iniciava aí uma saga que tornaria a Veronese uma marca de referência no segmento.