Dando sequência à história do menino milagreiro Vasco Fochesato, o Vasquinho, trazemos hoje parte do conteúdo do livro “Um amiguinho de Jesus-Hóstia – Vasco Fochesato, 1919-1930”, publicado pelo Instituto dos Irmãos Maristas, em 1936. Nele, consta a biografia completa, fotografias e até indicações para sua beatificação. Um dos trechos menciona:
“Sua memória ainda perdura. Depois de quatro anos, verifica-se que muitos pensam nele, o propõem como modelo nas famílias, nas escolas, nas aulas de catecismo. Recomendam-lhes doentes e pecadores. Rogam-lhe, que de Jesus e por Maria, alcance favores. Meninos tornam-se mais virtuosos. Moribundos querem segurar-lhe a piedosa imagem, tão sobrenatural ainda parece a impressão que planeja em sua fisionomia, tão singular a espiritualidade de sua vida edificante.”
No livro consta ainda o relato da enfermidade contraída por Vasquinho quando ele estudava no Colégio Santo Antônio, em Garibaldi. O texto aborda desde o adoecimento causado por uma “insignificante picadura no punho”, a febre e a dificuldade para caminhar, até o traslado para Caxias, o tratamento, a cirurgia na perna e o sofrimento, destacando sempre as orações, a fé e a devoção do menino.
A saber: a publicação de 1936 reproduz também mais de 60 relatos de graças alcançadas, comparando o menino a um “anjinho” e a outras crianças apontadas como milagreiras. Nos testemunhos são divulgadas as iniciais dos depoentes e a data, todos entre os anos de 1930 e 1935.
Cortejo saído da Catedral
Sobre o cortejo e o sepultamento de Vasquinho, o jornal “O Popular”, em sua edição de 10 de abril de 1930, publicou:
“Faleceu, no dia 6 do corrente, nesta cidade, o jovem Vasco Fochesato, filho do sr. Eugenio Fochesatto, sócio da firma Abramo Eberle & Cia. A perda desse inditoso jovem repercutiu dolorosamente no círculo das pessoas de suas relações, onde era grandemente estimado. O enterro do malogrado Vasco efetuou-se no dia seguinte, às 4 horas da tarde, com grande acompanhamento, tendo comparecido às cerimônias fúnebres os colégios Nossa Senhora do Carmo, São José, Orphanato Santa Therezinha de Jesus, os operários da fábrica Abramo Eberle & Cia., grande número de exmas. famílias e senhoritas. Sobre o ataúde viam-se numerosas coroas, bouquets e flores que acompanharam o inditoso jovem à sua eterna morada.”
As imagens desta página, que também constam no livro de 1936, trazem o cortejo fúnebre de Vasquinho, com saída da Igreja Matriz Santa Teresa (Catedral Diocesana) em direção ao Cemitério Público Municipal, no dia 7 de abril de 1930.
DETALHES
:: No Livro de Registro de Sepultamentos do Cemitério Público Municipal, página 74, consta que a causa da morte de Vasco Fochesato foi “septicemia” ((infecção grave do organismo, causada por microrganismos como fungos, bactérias ou vírus).
:: Segundo relatos, a peregrinação à sepultura do Vasquinho no Cemitério Público Municipal era recorrente. Porém, seus restos mortais foram removidos pela família, e não há registros de onde foram colocados.
PARCERIA
Informações e fotos desta página são uma colaboração do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, responsável pela pesquisa e apuração dos dados. Nas redes sociais da instituição (Facebook e Instagram) também é possível acompanhar o resgate da história de Vasco Fochesato. Caso você tenha mais informações e lembranças, entre em contato pelo e-mail rodrigolopes33@gmail.com.