Uma das empresas mais longevas de Caxias do Sul, se não a mais, a Veronese Produtos Químicos mescla sua história ao desenvolvimento do setor vitivinícola da região desde 1911, quando de sua fundação.
Foi logo após a visita do filho de imigrantes vênetos Luiz Veronese à Itália, para estudos e compra de maquinário. Primogênito do italiano Felice Veronese, o químico autodidata buscava agregar valor ao vinho produzido na região, por meio de novas técnicas de vinificação e da adoção de corretores.
Através de produtos como o cremor de tártaro, liberado a partir da fermentação do vinho, o empreendedor verificou que poderia também produzir insumos para as indústrias de alimentos e de bebidas. Iniciava aí uma saga que tornaria a Veronese uma marca de referência no segmento.
Toda essa trajetória foi resgatada quando a fábrica celebrou o centenário, em 2011. Publicado pela Editora Belas Letras, com pesquisa de Tania e Charles Tonet, o álbum Veronese – Do Pioneirismo à Economia Global: 100 Anos de História de Uma Empresa Brasileira traz, além de história e dezenas de depoimentos de diretores, familiares e funcionários, um amplo mapeamento fotográfico.
Estão lá registros das antigas seções e escritórios, imagens externas dos prédios, momentos da família, maquinário, produtos e estandes da Festa da Uva, vários deles reproduzidos aqui.
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A empresa e o trem
No período em que o fundador Luiz Veronese visitava a Itália, em 1910, Caxias era elevada à categoria de cidade. O feito, marcado pela chegada do trem e pela inauguração da ferrovia Caxias-Montenegro, impulsionou não só o escoamento da produção da Veronese como o de várias empresas e vinícolas da região.
Luiz Veronese faleceu em 22 de maio de 1952.
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O entorno
As pioneiras instalações da Veronese, ocupando parte do quarteirão envolvendo as ruas Vereador Mário Pezzi, Ernesto Alves, Vinte de Setembro e Treze de Maio, são um ponto de referência do bairro Lourdes até hoje, tal qual sua chaminé.
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