A combinação efetividade e qualidade derrubou as chances de o Caxias sair na frente do Grêmio nas semifinais do Gauchão. Em um Centenário com um público de pouco mais de 5 mil torcedores e sob muita chuva, o time grená fez um grande primeiro tempo, mas não conseguiu transformar a sua superioridade em gols. Tentou, errou, parou em Caíque e ainda viu o rival abrir o placar na primeira grande oportunidade criada.
Mesmo com toda a intensidade e organização demonstrados na primeira parte do jogo, faltou o algo a mais para o time de Argel Fuchs. A perda de Dudu Mandai, logo no começo, fez com que o time perdesse muita qualidade pelo lado esquerdo. Peu está muito abaixo. No lado direito da defesa, Denilson também apresenta dificuldades na saída de jogo. Sendo assim, o jogo ficou mais previsível.
Mesmo assim, o Caxias era melhor. Só que na hora de concluir as jogadas ou nas inevitáveis precipitações após tanto martelar e não ser eficiente, faltava a qualidade, o diferencial. Aí vem a diferença do rival. Villasanti avançou como fosse um centroavante e Cristaldo não desperdiçou, mesmo após Fabian Volpi fazer uma grande defesa.
Veio o segundo tempo e o jogo mudou. O Caxias diminuiu sua intensidade e não conseguiu encontrar soluções a partir das mudanças de Argel. Levou o 2 a 0. Não deixou de lutar, mas os espaços para o Grêmio já eram bem mais generosos.
No fim, se lamentou muito pelo que foi o primeiro tempo. A sensação é de que a chance mais concreta da vaga na final esteve ali, naqueles 45 minutos. E o Caxias não teve efetividade (ou qualidade) para construir sua vantagem.