O que o Juventude conseguiu na noite de 4 de dezembro de 2024 é digno de aplausos, de festa, e de muita comemoração do seu torcedor. É como se fosse um título.
Afinal, mesmo com um orçamento enxuto, austeridade financeira e sem grandes estrelas, o time do interior gaúcho garantiu presença em mais uma temporada na elite nacional. Seguirá entre os 20 melhores do País em 2025. E, mais do que isso, só depende dele para também estar em uma competição internacional.
O fato é que o Juventude contrariou a lógica. Lá no começo da competição, todos os especialistas cravavam o clube entre os quatro rebaixados. Estava vindo da Série B e com um, até certo ponto, desacreditado Roger Machado no comando.
Depois, veio a mudança no comando e, já na reta final, a queda de produção. Jair Ventura não conseguia mais tirar nada do grupo. Chegou um jovem comandante, com experiência na base, mas iniciando sua trajetória como técnico de uma equipe profissional.
Derrota na estreia. Vitória suada contra o Bahia, de virada. O empate sofrido na Arena, após estar vencendo por 2 a 1, poderia significar a derrocada. E até o competente colega Maurício Saraiva cravou que aquele 2 a 2, contra de João Lucas, seria o gol do rebaixamento.
Enganou-se. Foi mais um momento em que o Juventude precisou mostrar sua maior virtude em 2024. Durante toda a temporada, o poder de reação foi um dos grandes trunfos do time. Foi assim no Gauchão, quando esteve perto da eliminação, em momentos da Copa do Brasil, e também nesta Série A.
Com um grupo que nunca deixou de lutar e acreditar por algo a mais, o Juventude chegou lá. Em 37 rodadas, esteve no Z-4 em duas. Objetivo conquistado e mais uma temporada incomodando aos gigantes.