Em um campeonato de 38 rodadas, é até difícil falar que um jogo específico é decisivo. Ou que aquele resultado pode determinar uma situação da tabela. Porém, também é verdade que em uma competição de pontos corridos, existem as grandes decisões. E o duelo do Juventude contra o Bahia, neste sábado (30), pode ser encarado desta forma.
Não dá mais para o Ju adiar a retomada das vitórias. São seis confrontos sem vencer e o time voltou ao Z-4 com os resultados paralelos. Agora, um novo tropeço significaria, além de dar uma folga a um adversário direto, se afundar em um poço perigoso, difícil de escalar para um time que tem as suas limitações.
O Juventude, que jogou bem e merecia ter vencido o Ceará, precisa transformar o rendimento em resultado. Em muitos outros confrontos da competição, faltou esse poder de fogo, aquele algo a mais que poderia significar uns quatro ou cinco pontos a mais na tabela. O que fez, por exemplo, o Cuiabá ou o América-MG.
Só que, faltando 10 rodadas para o fim do Brasileirão, não adianta lamentar ou pensar no que ficou pelo caminho. O momento é de acertar os ponteiros para a caminhada nesta reta final.
Com as voltas de Ricardo Bueno, Wagner e Wescley, o Ju ganha em qualidade para o confronto decisivo. Ao mesmo tempo, o time sentirá a perda de Paulinho Boia, negociado pelo São Paulo.
São questões naturais do futebol e que, para conseguir o seu objetivo de permanecer na elite, o time de Jair Ventura precisará superar.