Se tem um setor em Caxias que ainda corre para avançar além da linha de estagnação é o comércio. Os números divulgados pela CIC e CDL passam a régua no desempenho de 2018, e apontam que, no geral, a economia local cresceu 7,4%, sendo puxada pela indústria (9,1%) e pelos serviços (8,3%), mas com zero de participação do varejo. Para ser mais preciso, há a insignificância de 0,5% de contribuição do comércio no índice geral.
Por que essa posição de lanterninha? Porque, apesar dos empregos terem voltado, ainda faltam cerca de 20 mil vagas de trabalho a serem repostas em Caxias como legado da crise. E tanto quem está no mercado quanto quem retornou há pouco convive com uma equação de difícil solução: salários achatados e custo de vida nas alturas. Com isso, sobra pouco dos ganhos para gastar além do essencial no comércio. Motiva saber que a indústria começa a se mover de forma mais consistente, o que respingará em cadeia em outros setores.
O ramo metalmecânico, motor da economia caxiense, fechou 2018 com acelerada de 16,45%, apontam os dados também divulgados nesta quinta-feira pelo Simecs. 2019 começa com mais energia. É tempo de correr para voltarmos à performance pré-crise de 2013, quando Caxias absorvia 183,1 mil profissionais. Hoje, são 162,8 mil trabalhadores com carteira assinada.