Adriana Antunes
Começo a escrever esse texto e uma libélula me visita. O dia está quente e ela entra em busca de água. Uma tragédia anunciada, entra pela janela e não consegue mais voltar para fora. Está presa na transparência invisível que o vidro gera. Uma transparência violenta, pois ela se debate desesperadamente. Acompanho seu sofrimento, não sem uma certa angústia, e penso em Angélica, Marielli, Maria da Penha, Jussara, Justina, Mariana, Lurdes, Cristina e tantas, tantas outras mulheres vítimas de violência.
GZH faz parte do The Trust Project