A denúncia de injúria racial contra o goleiro João Paulo, do Atlântico, feita por um torcedor do Guarany, foi relatada em súmula pelo árbitro da partida. O atleta do time de Erechim afirma ter sido chamado de "macaco" por um homem que estava na arquibancada do Ginásio Módulo Esportivo, no sábado (30).
No documento, o árbitro principal da partida, Fernando Luiz Henz, descreveu que a confusão teve início aos 4min10s do primeiro tempo da prorrogação da partida válida pela semifinal do Gauchão de Futsal. Nesse momento, o goleiro João Paulo teria lhe informado sobre a ofensa de cunho racista. Também identificou e apontou o dedo para o local onde o torcedor se encontrava.
Neste momento, o árbitro solicitou aos seguranças privados, contratados pelo Guarany para o jogo, que identificassem o autor e o detivessem. No entanto, eles lhe informaram que o homem já havia saído do ginásio. Não sendo possível localizá-lo, o árbitro solicitou efetivo da Brigada Militar para registrar o Boletim de Ocorrência.
Atlântico optou por não retomar ao jogo
Sem a identificação do autor, o Atlântico negou-se a retornar à quadra e optou por não prosseguir com o jogo. O árbitro relata na súmula que um integrante da comissão técnica informou que a equipe estava com a "moral e honra afetados pelo fato ocorrido".
No documento, Fernando Luiz Henz também diz que haviam seguranças presentes para a continuidade do jogo. Confirmada a decisão do Atlântico, contudo, ele informou a equipe do Guarany que a partida seria interrompida por iniciativa do adversário.
Como fica o jogo entre Guarany e Atlântico?
A definição de quem vai enfrentar a Yeesco na final do Gauchão de Futsal ocorrerá no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). O julgamento está previsto para a quinta-feira (5).