Jogadores do Atlântico se posicionaram nas redes sociais, nesta segunda (2), sobre a denúncia de injúria racial cometida contra o goleiro do João Paulo. O atleta acusa um torcedor do Guarany de tê-lo chamado de "macaco" na partida em Espumoso, sábado (30), válida pela semifinal do Gauchão de Futsal.
O jogo foi paralisado quando restavam 50 segundos para o fim do primeiro tempo da prorrogação. O placar estava 1 a 1, o que levaria a decisão aos pênaltis. Na ocasião, João Paulo reconheceu o torcedor que teria proferido a ofensa, mas a segurança privada contratada pelo Guarany não teria se direcionado até o homem.
Por isso, jogadores e comissão técnica do Atlântico optaram por não concluir a partida. Ainda que a atitude possa custar a eliminação no Gauchão, líderes do grupo do Galo como William Bolt, Vilela e Alê Falcone se manifestaram com um mesmo texto.
"Decidimos, como grupo, nos retirar de quadra após esse crime cometido contra um dos nossos. O jogo foi suspenso e estamos aguardando os desdobramentos para saber o que será resolvido. Nos retiramos em solidariedade ao nosso companheiro e para tentar, de uma vez por todas, que isso não vire rotina. Tínhamos muita coisa em jogo naquela semifinal e abrimos mão, sem arrependimento nenhum, a favor da causa ANTI RACISTA", diz um trecho da publicação.
O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) deve julgar o caso na quinta-feira (5). Segundo o procurador do tribunal, a denúncia está sendo finalizada.