Passo Fundo chegou ao penúltimo mês do ano com uma balança positiva no número de contratados com carteira assinada. Conforme dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 37,3 mil pessoas foram admitidas, enquanto 33,5 mil foram desligadas. A contabilização é referente ao período de janeiro a novembro.
Além disso, novembro é o sexto mês consecutivo com um cenário favorável no mercado de trabalho do município. No mês, a conta ficou no azul com 2,8 mil contratos formalizados e um saldo positivo de 233 vagas.
O setor de serviços novamente tomou a dianteira nas admissões, representando 43% dos novos trabalhadores formais. O recorte abrange uma diversidade de áreas, como transporte, saúde e educação, por exemplo. Neste segmento, foram 18.416 admissões ao longo de 11 meses, com um saldo de 2,9 mil vagas. O destaque vai para a subdivisão que abrange a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
Já em segundo lugar está o comércio, com 35% da fatia total. Está incluso nesse percentual também os serviços de reparação de veículos automotores e motocicletas. Em terceiro lugar ficou a indústria, como área de destaque para a contratação de estrangeiros. Por último, está a agropecuária.
Construção
O único setor a finalizar o mês com saldo negativo foi o da construção, seguindo uma tendência que se repetiu ao longo de nove meses em 2023. No total, o segmento demitiu 2.198 pessoas e contratou 2.123. O setor chega a novembro com um déficit de 75 trabalhadores.
O economista e professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), Julcemar Zilli, analisa que oscilações de empregos são uma rotatividade comum do ciclo econômico atual. No caso das construções, não parece haver desemprego estrutural, que acontece quando um determinado setor está em crise e fecha postos de trabalho em definitivo.
Com taxas de juros em declínio e expansão dos financiamentos do programa Minha Casa Minha Vida, o setor parece estar em aquecimento em Passo Fundo. Até outubro, a construção movimentou mais de R$ 500 milhões em negócios.
Divisão por sexo
Mesmo com o aumento na participação em 2023, as mulheres ainda aparecem menos nas contratações. O saldo de admissões das mulheres ficou positivo, mas bem abaixo das masculinas em novembro, com um saldo de 25 contratações contra 208, respectivamente.
No ano, uma diferença de 741 vagas separa eles e elas no mercado de trabalho em Passo Fundo. O mês de agosto foi o mais positivo para as trabalhadoras, conforme as estatísticas do Caged. Foi o único período no ano em que as admissões de mulheres superaram as dos homens, com 1.717 contratos de emprego firmados contra 1.619, respectivamente.