A expectativa é que as vendas de Natal incrementem 5% no faturamento total do comércio de Passo Fundo em relação ao ano passado, aponta pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
Segundo o levantamento, 70% das 1,4 mil empresas pesquisadas esperam aumento nas vendas. Dentre essas, 41% projetam um crescimento de 5%.
Os itens que devem liderar as vendas incluem roupas, calçados, brinquedos, eletrônicos, cosméticos, alimentos e bebidas, serviços de seguros e joias. O órgão também aponta investimento de R$ 100 a R$ 300 nos presentes.
Para atrair consumidores, 83,3% dos empresários planejam realizar promoções ou ações especiais. As estratégias mais mencionadas foram descontos em produtos específicos (67%), além de opções como brindes ou promoções combinadas, investimento em comunicação digital, decoração especial nas lojas e premiação para equipes de vendas.
Mesmo com as estratégias, o preço baixo deve ser determinante na hora de bater o martelo da compra. A pesquisa mostra que o melhor custo é mencionados por 42% dos entrevistados. Além disso, o crescimento das compras online e o planejamento financeiro das famílias devem orientar estratégias do varejo.
Para acertar no presente
Quem não quer gastar tempo e dinheiro precisa estar por dentro do que o presenteado deseja receber. Seja no amigo secreto ou outros presentes, ter uma lista de itens desejados em mãos pode ser uma maneira de acertar na escolha.
— Muitos presentes acabam sem uso e descartados por falta de assertividade. Em outros países existe até um movimento de pessoas que "caçam" presentes jogados fora, então ser assertivo é também uma forma sustentável de presentear, evitando o desperdício — diz a fundadora e CEO da startup de eventos Hapy, Bruna Breitenbach.
A professora Juliana Luciano Gonçalves, 46 anos, diz que, embora já conheça os gostos do marido e filhos na hora de presentear, tenta descobrir qual a opção mais desejada.
— Eu pergunto o que a pessoa está precisando ou tento ir “pescando” mais ou menos o que ela quer para dar um presente útil e que realmente gostem e seja usado — diz.
Para a consultora de vendas Tainá Rocha, 26 anos, o fator surpresa é importante na hora de presentear, mas já sabe quando a escolha não foi tão bem recebida.
— Eu geralmente gosto de ir vendo o que a pessoa teria interesse de receber, se é roupa ou aparelho eletrônico. Mas já aconteceu da pessoa não gostar muito, por isso sempre falo da possibilidade de troca — afirma.
Na hora da troca
Se a decisão for de trocar o produto, o Procon de Passo Fundo alerta que, no caso das compras presenciais, a loja não tem obrigação de substituir do item.
— Normalmente no fim de ano as lojas acabam sendo mais receptivas para realizar trocas. Mas, via de regra, o cancelamento das compras ou troca de acordo com o Código de Defesa ocorre apenas para os negócios realizados fora do estabelecimento comercial — diz o coordenador do Procon de Passo Fundo, Lucca Gavião.
As lojas costumam ter políticas internas de troca, como limite de 30 dias para trocar, por exemplo. Porém, a obrigação só existe em compras feitas pela internet ou telefone. Nesses casos, o consumidor tem direito de desistir do produto ou serviço dentro de sete dias, sem justificativas.