A polêmica sobre o rito de escolha do novo presidente do Senado reflete, mais uma vez, a distância entre Brasília e o resto do Brasil. O embate entre os defensores do voto aberto e fechado passa longe dos motivos nobres que deveriam pautar o debate – transparência, respeito à lei e aos eleitores. O que está em jogo, mais uma vez, são nomes. Sabe-se que o voto fechado favorecerá ao senador Renan Calheiros, político tradicional que busca, mais uma vez, sua fatia de poder. Desgastado junto à opinião pública, Renan aumentará suas chances de vitória se seus apoiadores não tiveram de prestar contas públicas sobre o voto. É nesse sentido que caminham os fatos depois da decisão favorável ao voto fechado do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli.
Opinião da RBS
O risco do casuísmo
A disputa entre voto aberto e fechado no Senado retrata um aspecto nefasto da vida pública nacional