O Irã solicitou nesta quinta-feira (9) ao Canadá que compartilhe a informação que tem sobre a queda do avião ucraniano na região de Teerã, que matou as 176 pessoas a bordo, após o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmar que foi derrubado por um míssil iraniano.
Em um comunicado sobre "certas colocações de cenários duvidosos", o ministério iraniano das Relações Exteriores pediu ao Canadá que "compartilhe" as informações com a comissão de investigação criada no Irã e convidou a Boeing, fabricante da aeronave, para "participar" do processo.
Autoridades do Canadá, Reino Unido e dos Estados Unidos vem sustentando que o voo PS752 foi derrubado pelo sistema de defesa aérea do Irã de modo acidental.
Em um pronunciamento nesta quinta (9), o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou ter informação "de múltiplas fontes, incluídos nossos aliados e nossos próprios serviços", que "indica que o avião foi derrubado por um míssil terra-ar iraniano".
— Pode não ter sido intencional — disse, em uma entrevista coletiva.
O New York Times divulgou um vídeo que mostra o momento em que uma aeronave teria sido atingida por míssil sobre Parand, região próxima ao aeroporto de Teerã onde o avião transmitiu sinais pela última vez. O jornal afirma ter verificado o material.
O Irã negou que o avião tenha sido atingido por um míssil. Segundo a TV estatal, o porta-voz do governo, Ali Rabiei, divulgou um comunicado dizendo que a informação de que o país teria acertado a aeronave é parte de uma "guerra psicológica contra o Irã".
"Todos esses países cujos cidadãos estavam a bordo do avião podem enviar representantes e solicitamos que a Boeing envie seus representantes para se juntarem ao processo de investigação da caixa-preta."